Alerta mundial: tudo o que você precisa saber sobre o coronavírus

Doença já matou 41 pessoas, tem mais de 1000 casos confirmados e outros mil sob investigação no mundo inteiro

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Desde o começo de janeiro de 2020, o noticiário de saúde tem falado sobre o novo coronavírus identificado na China, já matou 26 pessoas e infectou, confirmadamente, mais de 800.

Todos os dias, a cifra de vítimas sobe, e outros países do mundo, bem longe da China, como Estados Unidos e França, confirmam casos. Como toda novidade, há muitas dúvidas e desinformação sobre o novo vírus. Os pesquisadores ainda não descobriram exatamente como o micro-organismo evoluiu e apareceu nem como se dissemina, mas já é possível explicar algumas das principais dúvidas.

O que é o coronavírus e por que é tão perigoso?

Coronavírus é uma família conhecida, desde os anos 1960, de vírus que causam doenças respiratórias – de gripe comum à Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers). O nome faz referência à forma do vírus, que é redondo e parece ser cercado por uma coroa.

Em 2002, a Sars foi identificada pela primeira vez na China, se espalhou rapidamente e matou 774 pessoas. A Mers apareceu em 2012 e foi responsável por mais de 800 óbitos. Por enquanto, 26 pacientes faleceram por conta do novo coronavírus, e a letalidade dos vírus semelhantes levantaram várias bandeiras de alerta na comunidade internacional.

Período de incubação

De 2 a 14 dias

Período de Transmissibilidade


De uma forma geral, a transmissão viral ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas, mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecido para o SARS-CoV e o MERS-CoV. Durante o período de incubação e casos assintomáticos não são contagiosos.

Transmissão inter-humana


Todos os coronavírus são transmitidos de pessoa a pessoa, incluindo os SARS-CoV, porém sem transmissão sustentada. Com relação ao MERS-CoV, existem a OMS considera que há atualmente evidência bem documentada de transmissão de pessoa a pessoa, porém sem evidencias de que ocorra transmissão sustentada.

Quais são os sintomas do coronavírus?

Os sintomas são os mesmos de uma síndrome gripal: febre, tosse e dificuldade para respirar. Em casos mais severos, o paciente pode apresentar também pneumonia, síndrome respiratória aguda forte e falência dos rins.

Como surgiu?

Não se sabe exatamente como o novo vírus surgiu, mas ele provavelmente evoluiu em animais até chegar a um ponto capaz de infectar humanos. A principal suspeita é que, como o Mers e o Sars, o coronavírus tenha surgido em morcegos, mas ele precisa de mais um hospedeiro para chegar aos humanos.

É aí que entra a cidade de Wuhan, na China, considerada o ponto principal de contágio. Existe, na metrópole de 11 milhões de pessoas, um mercado de frutos do mar e animais exóticos onde se pode encontrar todo tipo de animal, vivo e morto, à venda.

Entre filhotes de lobo e porcos espinhos, o mercado vende também uma sopa de morcego, que usa o animal inteiro, e cobras asiáticas, que se alimentam de morcegos. A maioria dos primeiros infectados esteve no local e pode ter adquirido o coronavírus lá. A transmissão, por enquanto, é local: apenas familiares dos doentes e profissionais de saúde envolvidos no tratamento pegaram o vírus.

Quais países já têm casos confirmados?

Estado Unidos,França, Japão, Tailândia, Coreia do Sul, Cingapura e Vietnã.

Como a Organização Mundial da Saúde se posiciona?

O última atualização feita pelo órgão internacional foi na quinta-feira (23/01/2020). Segundo o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus, “ainda é cedo para decretar emergência de saúde pública internacional. Não se confundam. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma emergência de saúde mundial. Porém, ainda pode se tornar”, afirmou o representante da OMS.

Ele explicou ainda que, por enquanto, não há casos registrados de transmissão pessoa a pessoa fora da China, mas não significa que não possam acontecer. Ainda não se sabe muito sobre o coronavírus, e o comitê da OMS pode se pronunciar novamente a qualquer momento para rever sua posição.

Segundo o órgão, a maioria dos casos é de familiares de pessoas que tiveram contato com o vírus e profissionais de saúde.