📌 Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.
Resumo da matéria:
O Brasil enfrenta a pior epidemia de dengue de sua história em 2024, com mais de 6,6 milhões de casos prováveis e quase 6.000 mortes confirmadas.
A taxa de incidência atingiu 3.246,8 casos por 100 mil habitantes, ultrapassando os limites de uma epidemia. Ribeirão Preto registra o maior número de casos da história da cidade, com 42.790 ocorrências confirmadas e 21 mortes. O avanço da doença desperta dúvidas, considerando que os casos praticamente desapareceram durante o auge da pandemia de COVID-19.
Matéria completa:
O Brasil está sob alerta máximo com a pior epidemia de dengue já registrada. O Ministério da Saúde divulgou, nesta sexta-feira (6), números alarmantes que mostram um aumento sem precedentes no número de casos e mortes relacionados à doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Epidemia sem controle
Com 6.592.938 casos prováveis e 5.893 óbitos confirmados até agora, o país já ultrapassou todos os recordes históricos. A taxa de letalidade geral é de 0,09%, mas em casos graves chega a preocupantes 5,70%. Esses números refletem um crescimento de 297,45% em relação ao ano anterior, que registrou 1.658.816 casos em 2023.
A estimativa inicial do Ministério da Saúde era de cerca de 4,2 milhões de casos para 2024, mas a realidade superou a previsão, com uma alta de 4.934.122 casos adicionais. Este é o pior cenário desde o início da série histórica em 2000.
Além disso, os criadouros do mosquito continuam sendo um desafio: 80% estão localizados dentro das residências.
Impacto em Ribeirão Preto
Ribeirão Preto também enfrenta números assustadores. Com 42.790 casos confirmados, a cidade registrou um aumento de 22,11% em relação ao recorde anterior de 35.043 casos, registrado em 2016.
A cidade também teve 21 mortes por dengue em 2024, com outras oito ainda sob investigação. Esse número já é 133,33% maior que os nove óbitos de 2023.
Os casos estão distribuídos por faixa etária e regiões da cidade:
- Entre 20 e 39 anos: 15.696 casos;
- Entre 40 e 59 anos: 10.456 casos;
- Crianças de 5 a 9 anos: 2.996 casos.
Os bairros mais afetados incluem a Zona Leste, com 12.438 casos, e a Zona Oeste, com 10.500 registros.
O que explica a ausência durante a pandemia?
Um dos pontos intrigantes da epidemia de dengue é a quase ausência de casos registrados durante o auge da pandemia de COVID-19. Pesquisadores e especialistas especulam que o isolamento social, aliado a mudanças climáticas e comportamentais, pode ter interrompido temporariamente o ciclo do mosquito transmissor. No entanto, o retorno à normalidade trouxe de volta a proliferação da doença.
A luta contra a dengue continua
Com os números alarmantes, é essencial reforçar as ações de combate ao mosquito. A limpeza de terrenos, eliminação de recipientes com água parada e campanhas educativas precisam ser intensificadas.
💡 A morte nos lembra da fragilidade da vida, mas também do poder do recomeço. Cuide de si e dos outros para garantir um futuro mais saudável!
Assinado: JORNALISTA AIELLO
