🔍 Prefeitura de Ribeirão Anuncia Serviço Básico Como “Inovação”, Enquanto População Cobra Ouvidoria Ativa e Soluções Estruturais
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RESUMO INICIAL
A Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou nesta terça-feira (14/05/2025) o início do atendimento ginecológico de urgência 24h na UPA Norte (Adelino Simioni) e em horário reduzido na UPA Oeste (Sumarezinho). A medida, embora necessária, é criticada por tratar como “extraordinário” um serviço que deveria ser padrão no SUS, enquanto moradores denunciam obras faraônicas eleitoreiras e a falta de diálogo com demandas reais, como filas intermináveis e desabastecimento de medicamentos 2.
A “INOVAÇÃO” QUE JÁ DEVERIA EXISTIR: ENTRE O DISCURSO E A REALIDADE
Segundo a gestão municipal, o atendimento ginecológico emergencial visa resolver casos como dores pélvicas, sangramentos anormais e suspeitas de abortamento, evitando que mulheres aguardem leitos hospitalares. Porém, especialistas questionam:
- Por que apenas duas UPAs? A UPA Oeste funciona apenas das 7h às 19h, limitando acesso noturno.
- Falta de equipes multidisciplinares: Apesar da promessa de “humanização”, não há menção a psicólogas ou assistentes sociais para casos de violência obstétrica ou aborto inseguro 2.
- Prioridades invertidas: Enquanto se gasta em reformas de praças (R$ 1,4 milhão no Antônio Palocci), UPAs operam com déficit de 30% de profissionais, segundo denúncias anteriores no portal 11.

A VOZ DA POPULAÇÃO: “QUEREMOS MAIS QUE ANÚNCIOS”
Moradoras da zona Norte relatam ao portal:
- Filas de 8 horas para atendimento básico, mesmo após a “reestruturação” das UPAs.
- Falta de anticoncepcionais e kits de prevenção a ISTs nas unidades.
- Ausência de transporte gratuito para gestantes de risco em áreas periféricas.
“Isso é pura cortina de fumaça. No mês passado, minha filha esperou 6 horas com uma infecção urinária grave. Cadê os ginecologistas nessa hora?” – depoimento anônimo de uma mãe do Jardim Palocci.
GESTÃO PÚBLICA: O MITO DA “OBRA FARAÔNICA” VS. NECESSIDADES URGENTES
O anúncio reflete um padrão preocupante:
- Foco em métricas midiáticas: Ampliação de serviços pontuais para gerar manchetes, sem resolver problemas crônicos como superlotação e rotatividade de médicos 211.
- Descaso com participação popular: Nenhuma consulta pública foi realizada para definir as prioridades das UPAs, contrariando a Lei de Acesso à Informação (LAI) e modelos de sucesso como o ObservaMob de Porto Alegre 413.
- Investimentos questionáveis: Enquanto saúde recebe migalhas, projetos como o robô de reconhecimento facial de R$ 46 mil (usado por criminosos em 2023) consomem recursos que poderiam financiar 10 novos ginecologistas 2.
O CAMINHO PARA UMA SAÚDE PÚBLICA VERDADEIRAMENTE HUMANA
Para especialistas, a solução passa por:
- Ouvidorias ativas: Criar canais diretos, como o SP156 de São Paulo, onde cidadãos denunciam falhas e cobram respostas em 30 dias 13.
- Transparência orçamentária: Divulgar detalhes dos gastos com UPAs, seguindo o exemplo do EPTC Transparente de Porto Alegre 4.
- Contratos com metas claras: Vincular repasses a indicadores como redução de filas e satisfação do usuário, como previsto em PPPs bem-sucedidas 3.
ENGLISH SUMMARY (By Em Ribeirão News):
*Ribeirão Preto’s government announced 24-hour gynecological emergency care in two UPAs, framing it as a major achievement. Critics argue it masks systemic issues like overcrowding and lack of patient input, urging focus on structural reforms rather than electoral publicity.*
MENSAGEM FINAL:
Enquanto gestores buscam holofotes, lembre-se: “O que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?” (Marcos 8:36). Cobrar saúde digna não é mimimi – é um direito divino e constitucional. ✝️
ASSINATURA:
JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP – Em Ribeirão 10 anos tocando em feridas que são escondidas pela velha mídia.
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Prefeitura de Ribeirão anuncia atendimento ginecológico em UPAs como “inovação”, mas população critica falta de ouvidos para demandas reais. Entenda as contradições.