Historia de Taquaritinga e família Aiello se confundem

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Raphael Aiello e Joseppina Di Giorgi deram início a uma geração dos Aiello de Taquaritinga e Rio Preto. Raphael

GabrielCozetoeo filho Joao Vicente Aiello
GabrielCozetoeo filho Joao Vicente Aiello

nasceu em 1845 em Maione, uma comunidade nos arredores da cidade de Cocenza, província calabresa, sul da Itália. Joseppina nasceu em Bronte, pequeno ‘paesi’ nas colinas do Etna, província de Catânia, na Sicília, Itália. Aos 27 anos, Raphael se casou com a jovem Joseppina (1872). Em 19 de junho de 1888, Raphael Aiello, com 45 anos de idade e seu filho, Tancredi, com 8 anos, desembarcaram em Santos. A esposa Joseppina e as filhas Florinda e Ermelinda permaneceram em Maione e vieram em 1891-1892.

Instalaram-se em uma fazenda no interior paulista entre Taquaritinga e Monte Alto, num local conhecido por Fazenda Anhumas, adquirida por Raphael. Em Taquaritinga nasceram Adelaide e João Vicente. Em 1897, Raphael Aiello abriu em Taquaritinga, em sociedade com o futuro genro, Augusto Rignani, uma empresa comercial no ramo de ferragens, ferramentas, artigos para lavoura e presentes em geral, com a denominação de Casa Rignani.

Em 20 de agosto de 1917, foi aberta uma filial na cidade de Rio Preto e para lá foram João Vicente Aiello e sua mulher Elvira Matilde Pagliusi Aiello. A firma comercial era especializada na venda de armas, munição, equipamentos para as atividades agrícolas: artefatos de ferro, arame, bem como uma variada e sortida seção de porcelanas e cristais. Inaugurada na região central defronte ao “jardim de baixo”, atual praça Dom José Marcondes, onde funcionara o Cine Capitólio.

Na foto Rogerio Aiello, Tancredo Aiello neto, e Tancredo Aiello bis neto
Na foto Rogerio Aiello, Tancredo Aiello neto, e Tancredo Aiello bis neto

Aiello construiu um belo “pallazo”, exemplar da arquitetura europeia, uma das mais belas construções arquitetônicas da rua Bernardino de Campos, destinando o térreo para as atividades comerciais e o andar superior para moradia de sua família. Cuidou dos detalhes de seu interior e em especial de sua fachada. Na parte superior, uma ampla sacada em forma de minarete permitia apreciar a cidade que se desenvolvia a olhos vistos.Durante gerações, a Casa Rignani foi ponto de referência para moradores e visitantes de Rio Preto. Era um passeio obrigatório, exigido pelas crianças aos domingos e feriados, apreciar os animais empalhados por experiente taxidermista (onça, harpia, coruja, bezerros, cobras, macacos) expostos permanentemente em suas vitrines, juntamente com exemplares de armas de fogo. Era um incentivo à imaginação das crianças.

Em 1918, Raphael vende a Fazenda Anhumas e vem para Rio Preto, morar com o filho João Vicente e a nora Elvira. Em 1930, Augusto Rignani, genro de Raphael, decidiu retornar à terra natal, Milão (Itália), com sua esposa Ermelinda e os filhos Olga, Écio, Mario, Laura, Elvira, Déa e Gustavo, todos nascidos em Taquaritinga. Isso motivou o encerramento das atividades da matriz da Casa Rignani, em Taquaritinga, permanecendo porém a filial de Rio Preto, agora sob a direção somente de João Vicente Aiello e sua esposa Elvira Matilde Pagliusi Aiello. No dia 31 de maio de 1982, a Casa Rignani de Rio Preto encerrou definitivamente as suas atividades após 65 anos na cidade.

Fazendo parte da história

diariohistoria_CasaRignani3Para os Aiello/Rignani, a família era a coisa mais importante em suas vidas e não mediam esforços para defendê-la. Seus filhos casaram e tiveram netos, bisnetos e tataranetos que fazem hoje parte da história da imigração italiana em São José do Rio Preto, contribuindo para o desenvolvimento e projeção da cidade. Gente honesta, carinhosa, pacata, extremamente calma, trabalhadora e que sente prazer especial em transmitir aos outros tudo aquilo que aprendeu na vida. Dotados de profundo carinho pela família, vindos de duas comunidades da velha Itália: as províncias da Calábria e Sicília.

Hoje, no Brasil, os seus descendentes ultrapassam a casa de 200 membros, contribuindo em variadas áreas da sociedade e da economia. A bela Casa Rignani, na região central de Rio Preto, era especializada em ferragens e artigos para esportes. Destacava-se pela arquitetura histórica e pelas impactantes vitrines com animais da fauna brasileira empalhados.

Foi ponto de encontro de pescadores, caçadores, amigos e moradores da região. Era conhecida como a Casa da Onça, pelo famoso exemplar empalhado de uma onça pintada. Ficava na rua Bernardino de Campos, entre Tiradentes e Prudente de Morais. Daquele quarteirão, restaram apenas o imóvel da Casa Cal (conservado em sua arquitetura original) e a tradicional Salada Paulista.

Descendentes empresários

A matriz e filial da Casa Rignani deixaram muitas saudades e doces lembranças. Das sementes lançadas pelos Aiello/Rignani em podemos destacar alguns descendentes que prosperaram e muito, no mundo moderno dos negócios do ano 2000. Dentre elas, citamos três.

* Ao rei dos parafusos”, empresa especializada no ramo de Parafusos e Ferramentas em geral, fundada por Rodovaldo Grisi e sua mulher Aracy Aiello Grisi, nascida do desmembramento da secção de vendas de parafusos da Casa Rignani.

* Agrometal-Agro Metalúrgica Ltda. Empresa especializada em comercialização e fabricação de produtos para a agricultura, fundada por Walter Aiello e sua mulher Laura Mastrocola Aiello. Nascida do desmembramento da seção de vendas de materiais para uso na agricultura.

* Madeireira Longo – fundada por José Longo e Adelaide Aiello Longo, é um nome respeitado no ramo, permanecendo em mãos de descendentes de Raphael Aiello e Joseppina Di Giorgi.

Os Aiello:

Tancredo Aiello casou-se com Benedita Aiello (dona Ditinha). O casal teve 7 filhos:
Rafael Aiello Neto, Josephina, Antônio, Rogério (meu avo paterno), Basilia, Adélia e Fredí.

ATA DA INSTALAÇÃO DA COMARCA DE TAQUARITINGA

Seguem-se mais de 120 assinaturas, entre as quais conseguimos identificar:

Antonio de Paiva Azevedo – Juiz de Direito
Ascendino Fontes de Rezende – Promotor Público Alfredo de Vasconcellos –   Delegado de Polícia
Jayme Villas Boas Dr. Joaquim Mariano da Costa
Drausio Moreira Coelho

Dr. Arthur Mendes

Savério Calderazo – Vice Prefeito
Augusto de Bittencourt – Tourinho Bittencourt Manoel Vasconcellos
Américo Danielli Prefeito Municipal de Araraquara Leão Pio de Freitas – Pref.Municip.de Matão
João Alfredo da Cunha Dr. L. Chrysostomo ….
João Pelo… Francisco Galvão de Moura Lacerda – Cel.
Jacintho de Souza .Cel.   Mendes de Moraes (?)
Dr. José Zaccaro…….. Domingos Eurico Gomes
Gabriel Carvalhais Francisco Henrique.Lemos (Cap)
Manoel Gomes de Mendonça – Cel. Roque Alessandro Oranges
Joaquim Corrêa de Freitas José Augusto Penteado
Antonio de Souza Mendes Antonio Joaquim de Carvalho Filho
……….Vice-Presid.da Câmara de Araraquara Luiz Lemos do Val
J. Mendonça Filho Germano Borba
Francisco Silva J. Cintra
Aroldo Ferreira Leite Manoel Mendonça
Honório Oliveira Carvalho Edmundo Castanho
Sebastião Garcia Veiga Estevam Costa Silveira
Dr. Ozíris Fereira Dias Gustavo Augusto de Moares – Cel.
Antonio Moraes Silveira Manoel Luiz…..
Ozório (?) Augusto de Moraes Carmelo Pagliuso – Cap.
João Carvalho Paulino Rocha
Felippe Anastassio José Constancio
Francisco de Paula Carneiro de Mendonça Tancredo Aiello

Tancredo Aiello participou ativamente da vida publica de Taquaritinga e foi um dos desbravadores e fundadores de Dracena como segue o documento abaixo.

acervo pessoal
acervo pessoal