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Resumo dos principais pontos: Txai Suruí, uma das mais influentes líderes indígenas e reconhecida mundialmente, participa de eventos no Sesc Ribeirão Preto. Com trajetória marcada por defesa dos direitos indígenas e proteção ambiental, Txai tem se destacado desde sua fala histórica na COP-26 em 2021. Ela traz uma mensagem poderosa sobre a importância da união para enfrentar a crise climática e civilizacional. Além disso, seu trabalho inclui a produção de documentários premiados e publicação de livros inspiradores.
Matéria completa: A cidade de Ribeirão Preto se prepara para receber uma convidada de peso no cenário internacional: Txai Suruí, uma mulher indígena da etnia Suruí de Rondônia, na Amazônia. Conhecida por ser uma das jovens lideranças mais influentes do planeta, Txai foi nomeada pela revista Time como uma das 100 pessoas com menos de 30 anos que estão moldando o futuro, em 2023.
Txai conquistou notoriedade mundial na COP-26 de Clima em Glasgow, onde, como primeira indígena a falar na abertura do evento, fez um discurso emocionante sobre as ameaças à Amazônia e a urgência de proteger os povos da floresta. Suas palavras ecoaram pelo mundo, destacando a importância da preservação ambiental e do papel fundamental dos povos originários.
Raízes na militância
A militância de Txai Suruí começou desde antes de seu nascimento, sendo filha dos ativistas Almir Suruí e Neidinha Bandeira. Sua infância foi marcada por ensinamentos em meio à natureza e pela constante luta para defender o território indígena Sete de Setembro, em Rondônia. Conviver com a ameaça de grileiros e garimpeiros desde cedo moldou seu espírito combativo.
Formada em Direito, Txai é coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e participa ativamente de várias iniciativas, como o Movimento da Juventude Indígena de Rondônia e o Pacto Global da ONU. Também atua como conselheira da WWF e é voluntária na ONG Engajamundo, levando sua mensagem de conscientização a todos os cantos do Brasil e do mundo.
Ativismo e reconhecimento
Recentemente, Txai foi destaque na imprensa internacional após ser impedida, junto com outras lideranças, de protestar contra o Marco Temporal durante a COP-16 de Biodiversidade, na Colômbia, devido à intervenção da segurança da ONU. Esse episódio reforçou sua posição como uma voz corajosa e incansável na luta pelos direitos indígenas e ambientais.
Seu trabalho como comunicadora inclui a produção executiva do documentário premiado “O Território”, que recebeu um Emmy e outros prêmios de relevância. Em 2024, ela lançou o livro Canção de Amor, uma obra que explora a conexão entre amor, luta e as inspirações das infâncias indígenas.
Participação em Ribeirão Preto
Txai estará presente em duas atividades do projeto Arvore-se, realizado pelo Sesc Ribeirão Preto em parceria com a USP e UFSCAR. Essa iniciativa visa promover reflexões e ações em torno da importância das árvores e da reforestação em tempos de crise climática.
Detalhes dos eventos:
Bate-papo: “A guardiã dos Povos da Floresta”
- Quando: 12/11 (terça-feira), das 8h30 às 10h30
- Onde: Bosque Municipal – Santa Rosa de Viterbo
- Vagas: 300 (por ordem de chegada)
- Entrada: Livre
Palestra no Sesc Ribeirão Preto
- Quando: 13/11 (quarta-feira), das 19h30 às 21h30
- Onde: Auditório do Sesc – Rua Tibiriçá, 50, Centro
- Vagas: 200 (por ordem de chegada)
- Entrada: Livre
Haverá tradução em Libras.
Conclusão motivacional:
“A voz da floresta é a voz de todos nós, e juntos podemos ressoar mais forte para preservar o que é sagrado.”
Arvore-se é o chamamento para esta iniciativa científico-cultural em torno da árvore
simbólica e real, que traz reflexões e ações sobre o papel da arborização urbana e da
(re)floresta no atual cenário da crise climática. Ao oferecer uma programação
diversificada que inclui intervenções urbanas, espetáculos circenses, teatro, oficinas e
debates, cria espaços de diálogo entre meio ambiente, arte, sustentabilidade e ação
social, fomentando discussões em torno das relações ser humano, natureza e culturas.
Idealização e coordenação: Clarice Sumi Kawasaki (FFCLRP-USP; NAP EDEVO DARWIN-
USP); Fernanda Keila Marinho da Silva (DFQM-UFSCar/Sorocaba) e Danilo Seithi Kato
(FFCLRP-USP/RP)
Realização: Sesc
Apoio: Departamento de Educação, Informação e Comunicação da FFCLRP/USP;
Departamento de Física, Química e Matemática (UFSCar/Sorocaba); Diretoria da
FDRP/USP e Biblioteca Sinhá Junqueira