Prefeito de Igarapava cassado por esquema de superfaturamento em transporte escolar

Vereadores apontam 'emergência fabricada' e superfaturamento de até 113% em contratos; prefeito nega irregularidades.

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  • Vereadores apontam ’emergência fabricada’ e superfaturamento de até 113% em contratos; prefeito nega irregularidades.

Justificativa: Esses títulos são mais diretos e evidenciam o principal motivo da cassação: o esquema de superfaturamento em contratos de transporte escolar. O subtítulo agrega mais detalhes e cria suspense, incentivando a leitura.

Em um golpe duro à administração municipal de Igarapava, o prefeito José Ricardo Rodrigues Mattar (MDB) teve seu mandato cassado em sessão da Câmara de Vereadores na manhã desta quarta-feira (4). A decisão, tomada por oito votos a três, culminou em um processo de investigação que apontou irregularidades graves em contratos de transporte escolar.

O principal motivo da cassação foi a denúncia de um esquema de superfaturamento nos contratos de transporte escolar, caracterizado pelos vereadores como uma “emergência fabricada”. Segundo as investigações, a prefeitura teria rescindido um contrato existente de forma unilateral e contratado outra empresa por valores significativamente mais altos, chegando a um acréscimo de até 113,85% em relação ao mercado.

Para os parlamentares, a falta de planejamento e a dispensa de licitação para a contratação emergencial configuram uma clara infração às normas de licitação e representam um desvio de recursos públicos. A conduta do prefeito foi considerada uma quebra de decoro e uma afronta aos princípios da administração pública.

“É inaceitável que o dinheiro público seja utilizado de forma tão irresponsável”, afirmou o vereador [Nome do vereador], um dos principais articuladores da denúncia. “A população de Igarapava merece uma gestão transparente e honesta.”

Em sua defesa, o prefeito José Ricardo Mattar negou as acusações, alegando que a contratação emergencial foi necessária devido a problemas identificados na prestação do serviço pela empresa anterior. Ele afirmou que a decisão de contratar outra empresa foi tomada em conjunto com a Secretaria de Educação e que todos os procedimentos foram realizados dentro da legalidade.

No entanto, os argumentos do prefeito não convenceram a maioria dos vereadores, que consideraram as provas apresentadas suficientes para a cassação do mandato.

Impacto na cidade e próximos passos

A cassação do prefeito de Igarapava gerou grande repercussão na cidade e levanta questionamentos sobre o futuro da administração municipal. A população, que já vinha acompanhando as denúncias de irregularidades, demonstra preocupação com os impactos da decisão nas políticas públicas e nos serviços essenciais.

Com a cassação, o vice-prefeito Wagner Marques dos Santos assumirá o cargo de prefeito. Ele terá o desafio de restabelecer a confiança da população e implementar medidas para garantir a transparência e a eficiência da gestão municipal.

As investigações sobre o caso ainda estão em curso. O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo acompanham de perto o caso e podem aprofundar as apurações, inclusive com a possibilidade de abertura de inquéritos criminais.

A cassação do prefeito de Igarapava serve como um alerta para a importância da fiscalização da gestão pública e da punição dos responsáveis por atos de corrupção. A população deve continuar atenta e cobrar dos seus representantes uma gestão ética e transparente.