Justiça barra político por “herança de poder” familiar e exige novas eleições na região metropolitana de Ribeirão Preto
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🧾 RESUMO INICIAL:
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou a candidatura de Ailton Aparecido da Silva (MDB), prefeito de Guatapará, cidade da região metropolitana de Ribeirão Preto. O motivo? A configuração de “inelegibilidade reflexa”, uma regra que proíbe a sucessão política entre familiares diretos. A decisão, unânime, derruba a chapa eleita em 2024 e obriga o TRE a organizar novas eleições municipais apenas para os cargos de prefeito e vice. A medida reforça a vigilância contra dinastias políticas e levanta debates sobre práticas eleitorais questionáveis na nossa região.
🏛️ A QUEDA DE UM PREFEITO ELEITO: ENTENDA O CASO
O TSE indeferiu o registro de candidatura de Ailton Aparecido da Silva (MDB), eleito com 39% dos votos válidos nas eleições de 2024, alegando que ele não poderia ter concorrido ao cargo devido ao histórico político de sua família. Antes dele, seu pai, Juracy Costa da Silva (PL), governou Guatapará por dois mandatos consecutivos e estava no exercício do cargo quando faleceu, apenas três meses antes das eleições.
⚖️ O QUE É A INELEGIBILIDADE REFLEXA?
Trata-se de uma regra constitucional que impede a perpetuação de poder dentro de uma mesma família, exigindo um afastamento mínimo de seis meses do parente ocupante do cargo para que outro familiar possa se candidatar. Como Juracy morreu em junho de 2024, dentro desse prazo crítico, o TSE considerou a candidatura do filho uma tentativa de “terceiro mandato disfarçado”.
“A Justiça Eleitoral entende que, para que um parente se candidate, o ocupante do cargo deve estar afastado há, no mínimo, seis meses da eleição.”
🗳️ NOVA ELEIÇÃO EM GUATAPARÁ: E AGORA?
Com a decisão já em vigor, o TSE determinou o afastamento imediato de Ailton Silva. O presidente da Câmara Municipal, Francisco Frediano Filho, o Chicão (Republicanos), deve assumir o comando da cidade temporariamente.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) dará início ao novo processo eleitoral exclusivo para os cargos de prefeito e vice-prefeito. Ainda não há data definida, mas já está certo que Ailton não poderá se candidatar novamente.
🧩 IMPLICAÇÕES PARA A REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO
Este caso escancara a fragilidade das práticas eleitorais em cidades do interior paulista, e serve de alerta para outros municípios da região metropolitana de Ribeirão Preto, onde dinastias familiares ainda comandam prefeituras como feudos hereditários. A decisão do TSE impõe um freio necessário a essa lógica, que é totalmente contrária à democracia.
📌 LIÇÃO DE CASA PARA ELEITORES CONSERVADORES
O episódio evidencia a importância do voto consciente e livre de vínculos familiares ou apadrinhamentos políticos, que apenas mascaram o autoritarismo sob a capa da legalidade. Famílias que se alternam no poder não renovam a cidade — apenas perpetuam os mesmos vícios de sempre.
🇧🇷 QUE FIQUE O ALERTA:
A Constituição é clara: o cargo público não é herança de família. A vontade do povo deve prevalecer sobre os arranjos de bastidores. Em tempos onde a justiça parece atuar com imparcialidade seletiva, essa decisão reforça o compromisso com a legalidade — e com os princípios que sustentam a democracia verdadeira.
💬 “O povo de Guatapará merece ser governado por quem foi eleito de forma limpa, sem atalhos ou heranças políticas. Que essa decisão sirva de exemplo para toda a região de Ribeirão Preto.”
🧠 REFLEXÃO FINAL
A vida é feita de ciclos. Quando tentamos burlar o tempo ou apressar o destino, a conta chega. Aproveite os dias bons como bênçãos, e os desafios como oportunidades de crescimento. Viva com integridade, pois quem planta verdade colhe justiça.
JORNALISTA AIELLO – DRT 3895/SP
Em Ribeirão – 10 anos tocando em feridas que são escondidas pela velha mídia
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📰 ENGLISH SUMMARY (JOURNALISTIC STYLE)
TSE Annuls Mayor’s Election in Guatapará, São Paulo, for “Inherited Mandate” Violation
Brazil’s Superior Electoral Court (TSE) has nullified the election of Ailton Silva, mayor of Guatapará, for violating constitutional rules that prohibit immediate family members from succeeding one another in executive offices. The court ruled that his election constituted an illegal third term, as his father had held the mayoral office until his death just three months before the 2024 elections. A new election will be held for mayor and deputy mayor, with the city council’s president assuming interim control. The case highlights the country’s ongoing struggle against dynastic politics, especially in smaller municipalities.


