Aniversario de GUARIBA -21 de setembro
Guariba é um município localizado no estado de São Paulo e faz parte da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP). Fundada em 21 de setembro de 1895, a cidade surgiu no contexto da expansão da cultura do café no Brasil no final do século XIX. A inauguração da estação ferroviária Araraquara–Jaboticabal, em 6 de junho de 1892, facilitou o desenvolvimento da região, impulsionando a formação de grandes propriedades agrícolas.
As terras de Guariba faziam parte da antiga Sesmaria dos Pintos, que com o tempo se transformou em fazendas dedicadas ao cultivo do café, a principal fonte de riqueza do país na época. A cidade recebeu seu nome em homenagem aos macacos “Bugio Alouatta Guariba”, avistados por sertanistas na região.
A expansão da cafeicultura trouxe imigrantes europeus para Guariba, que se estabeleceu como um povoado em torno da estação ferroviária e da Capela de São Mateus, construída em 1895. Com o tempo, a cidade desenvolveu infraestrutura, como uma cadeia pública e um cemitério.
Guariba tornou-se freguesia em 1904 e foi elevada a município em 1917, instalado em 1918. Durante a crise cafeeira de 1929, a cidade enfrentou dificuldades econômicas, superadas nos anos 1950 com a instalação da Usina Bonfim e a disseminação da cultura da cana-de-açúcar. Essa nova fase atraiu migrantes de outras regiões do Brasil, especialmente do Nordeste e de Minas Gerais.
Em 1984, Guariba foi palco de uma greve histórica dos boias-frias, que protestavam contra as condições de trabalho e baixos salários. A greve, marcada por confrontos e vandalismo, resultou em repressão policial e trouxe visibilidade internacional para a exploração dos trabalhadores rurais. O movimento foi um marco na luta por direitos trabalhistas no campo, conhecido como o “Acordo de Guariba”, que trouxe avanços significativos na legislação trabalhista rural.
Hoje, Guariba segue como um importante município agrícola, com a produção de cana-de-açúcar e as usinas Bonfim e São Martinho sendo pilares de sua economia.
A Idade da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto
A Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto iniciou suas atividades em 1922. É mantida, desde 1938, pela Associação Musical de Ribeirão Preto, entidade sem fins lucrativos, fundada por músicos e abnegados. Tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial do povo ribeirão-pretano através da Lei n° 14.338 de 24 de maio de 2019. Recebeu, em maio de 2021, o Certificado de Reconhecimento de Instituição Cultural, pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Desde sua fundação, a OSRP já se apresentou inúmeras vezes através de concertos oficiais ou apresentações com grupos de formações menores Brasil a fora. Foram mais de 1.500 concertos realizados através das séries Concertos Internacionais, Juventude tem Concerto e Ciranda Sinfônica, a maioria gratuitos e abertos à população, com o propósito de democratizar o acesso à cultura e à música erudita.
A Sinfônica também mantém o projeto Tocando a Vida, de caráter socioeducativo, voltado à formação de músicos por meio de aulas gratuitas de instrumentos musicais e canto coral. O projeto possui, atualmente, mais de 700 alunos de violino, viola, violoncelo, contrabaixo acústico, violão e flauta doce, além dos coros Adulto e Infantil. É desenvolvido com recursos de patrocinadores diretos e leis de incentivo à cultura.
Além disso, a orquestra ribeirão-pretana tem vasto Arquivo Histórico, formado por documentos que datam desde o início do século passado e que contam a história da música e da vida cultural da cidade.
Nos últimos anos, gravou quatro CDs: “Mozart e Beethoven”, “Coletânea” de obras consagradas do repertório sinfônico, “Jobim Sinfônico – do violão à orquestra” e “Clássicos Natalinos”, este lançado em dezembro de 2011 com participação dos coros.
No que diz respeito às montagens de ópera, a OSRP executou Madame Butterfly (Puccini), La Traviatta e Rigoletto (Verdi), Cavalleria Rusticana (Mascagni), La Bohème (Puccini), Orfeu e Eurídice (C. Gluck), L’elisir d’amore (G. Donizetti), entre outras. Tem se apresentado em importantes eventos culturais, como o “Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão”, a série “In Concert” do clube A Hebraica de São Paulo, “Ano Chopin no Brasil”, “Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto”, Festival de Juiz de Fora, e ocasiões como aniversários de municípios, inaugurações de teatros, dentre outras.
Já participaram dos concertos e apresentações solistas como Caio Pagano, Nelson Freire, Dang Thai Son, Jacques Klein, Yara Bernette, Nicolas Koeckert, Matias de Oliveira Pinto, Fernando Portari, Rosana Lamosa, Daniella Carvalho, Ruggiero Ricci, Nathan Schwartzman, Antônio Meneses, Duo Assad, Ricardo Castro, Trio Brasileiro, Naná Vasconcelos, Dori Caymmi, Yamandú Costa, Leo Galdeman, Ivan Lins, Toquinho, Wanderléa, Miúcha, Agnaldo Rayol, Rick Vallen, Zélia Duncan e outros.
Ao longo de todos esses anos, muitos maestros regeram a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, como convidados, assistentes ou maestros titulares: Antônio Giammarusti, Ignázio Stábile, Edmundo Russomanno, Enrico Ziffer, Jorge Kaszás, Leonid Urbenin, Spartaco Rossi, Hércules Gumerato, Hermann Schelk, José Viegas Netto, Lutero Rodrigues, Isaac Karabtchewsky, Marcos Pupo Nogueira, Diogo Pacheco, Bernardo Federowsky, Filipe Lee, Jorge Salim, Roberto Minczuk, Mônica Meira Vasquez, Rubens Ricciardi, Norton Morozowicz, Túlio Colacioppo, Olivier Toni, Claudio Cruz, Ricardo Kanji, Matheus Araújo, Marcos Arakaki, Alex Klein, Henrique Vieira, Parcival Módolo, Viktoria Ratsiuk, Knut Andreas, Norman Gamboa, Anderson Oliveira, entre outros.
Atualmente, a batuta é comandada por Reginaldo Henrique Nascimento, maestro titular desde 2019.