Liberação relâmpago: R$ 143 milhões em 24h para prefeito aliado de Lula

Recursos destinados a obra em Araraquara levantam suspeitas sobre favorecimento político e por acordos de verbas que vão e voltam

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Recursos destinados a obra em Araraquara levantam suspeitas sobre favorecimento político e por acordos de verbas que vão e volta

Ministério das Cidades aprovou, em julho de 2023, um repasse de 143 milhões de reais à prefeitura de Araraquara (SP), comandada por Edinho Silva (PT, à direita na foto), apenas 24 horas após uma ligação do presidente Lula (PT) ao ministro Jader Filho (MDB)

Em uma ação que levanta questionamentos sobre o uso dos recursos públicos, o Ministério das Cidades do governo Lula liberou impressionantes R$ 143 milhões para a prefeitura de Araraquara, no interior de São Paulo, em um prazo de apenas 24 horas. A cidade, governada pelo petista Edinho Silva, recebeu a verba logo após uma ligação direta do presidente ao ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), segundo reportagem do UOL.

A destinação dos recursos foi feita para obras de infraestrutura contra enchentes, após uma tragédia que deixou seis mortos em 2022.

Até aí, tudo bem. Mas o que chama a atenção — e preocupa — é a rapidez com que o pedido foi atendido, levantando suspeitas de favorecimento político. Enquanto cidades maiores, com problemas crônicos e urgências parecidas, aguardam na fila por verbas, Araraquara, um reduto petista, viu a liberação ocorrer em um piscar de olhos.

Lula, que estava em Araraquara no dia dos ataques de 8 de janeiro, parece nutrir uma afeição especial pelo município e seu prefeito.

Não é coincidência que Araraquara, junto com outros municípios administrados pelo PT ou aliados, como Diadema e Hortolândia, tenha sido priorizada.

Curiosamente, essas cidades receberam volumes de recursos superiores até a capitais como Belo Horizonte e Porto Alegre, deixando claro que os “critérios técnicos” defendidos pelo governo carecem de uma explicação mais convincente.

Talves a explicação seja mais simples do que podem pensar, Edinho Silva e companheiro de longa data do Lula, e ambos sabem muito bem como enviar dinheiro para obras superfaturadas, e parte do dinheiro volta a quem enviou. Seria algo assim?

Enquanto o governo federal tenta justificar a destinação recorde de verbas, afirmando seguir “critérios objetivos”, as perguntas ficam no ar: por que essa rapidez e esse montante para Araraquara? E mais: quem fica para trás nessa corrida por verbas?

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