Bigodini enganou a PM escondeu whisky e colocou namorada na frente do prejuízo?. Enquanto isso, o Legislativo lava as mãos
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Resumo Inicial (SEO)
A Câmara Municipal de Ribeirão Preto se posicionou nesta segunda-feira (29) sobre o acidente envolvendo o vereador Bigodini (MDB), ocorrido na madrugada de domingo (28) na Avenida do Café. Apesar de vídeos mostrarem o parlamentar saindo do banco do motorista e uma garrafa de whisky sendo escondida, a instituição afirmou que aguardará as investigações da Polícia Civil para decidir se tomará alguma providência. Enquanto isso, a população questiona: quando vereadores serão tratados como cidadãos comuns?
A versão oficial vs. a realidade filmada
Segundo o boletim de ocorrência, Bigodini não dirigia — sua namorada de 19 anos, sem CNH, teria perdido o controle do carro. O vereador alegou que havia bebido e, por isso, entregou a direção.
Mas imagens amadoras contam outra história:
- Bigodini sai claramente do lado do motorista
- Usa camisa branca, compatível com a pessoa vista dirigindo antes do acidente
- Um terceiro esconde uma garrafa de whisky retirada do veículo
- Nenhum teste de bafômetro foi feito, apesar do odor etílico e fala confusa relatados pela PM
Ou seja: há indícios fortes de embriaguez ao volante, fraude processual e ocultação de provas — crimes previstos no CTB e no Código Penal.
E a Câmara? Silêncio estratégico disfarçado de “prudência”
Em nota, o Legislativo afirmou que:
“Aguardará a conclusão das investigações […] e adotará, se necessário, todas as medidas legais e regimentais cabíveis.”
Soa familiar? É o mesmo discurso usado sempre que um político está sob suspeita: esperar, protelar, evitar desgaste.
Mas a pergunta que não quer calar é:
Por que a Comissão de Ética não se reúne imediatamente diante de imagens que contradizem o depoimento de um vereador?
Se um cidadão comum fosse flagrado nas mesmas circunstâncias — saindo do banco do motorista após acidente, com álcool no carro e recusando o bafômetro — estaria preso. Não “aguardando investigações”.
Quem deveria ser exemplo comete crime e engana a todos
Bigodini não é apenas um cidadão qualquer. É representante eleito pelo povo de Ribeirão Preto. Deveria ser modelo de conduta, não protagonista de um roteiro de fraude:
- Coloca uma jovem de 19 anos para assumir a culpa
- Mente à Polícia Militar
- Permite que provas sejam escondidas diante de policiais
- Se cala nas redes sociais, onde costuma ser ativo
Isso não é “erro de juventude”. É abuso de poder, privilégio e desrespeito à população.
O que a lei diz — e o que a Câmara ignora
- Embriaguez ao volante: crime com pena de 6 meses a 3 anos (Art. 306, CTB)
- Recusa ao bafômetro: mesma punição
- Fraude processual: até 2 anos de prisão (Art. 347, CP)
- Falsa autoacusação por terceiro: também punível
E, no âmbito legislativo, o decreto de perda de mandato pode ser acionado se comprovada quebra de decoro parlamentar — como enganar autoridades e usar cargo para obter vantagem.
Câmara de Ribeirão Preto se manifesta sobre acidente de Bigodini, mas só promete “aguardar investigações”. Vídeos mostram vereador saindo do banco do motorista e whisky sendo escondido.
English Summary (Journalistic Style)
Ribeirão Preto’s City Council finally responded to a scandal involving councilman Bigodini—after video surfaced showing him exiting the driver’s seat post-crash and someone hiding a whiskey bottle. Despite clear contradictions with his police statement, the Council says it will “wait for investigations.” Critics say it’s another example of political immunity in action.
Conclusão
Quando quem deveria proteger a lei a viola com frieza, a sociedade sofre duas vezes: pelo crime e pela impunidade. Que este caso em Ribeirão Preto não se torne mais um exemplo de justiça de dois pesos. Porque valores não se escondem com garrafas, nem se apagam com notas burocráticas. A verdade está nas imagens — e na coragem de quem exige igualdade.
JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP
Em Ribeirão – mais de 10 anos tocando em feridas que são escondidas pela velha mídia.
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