Depois de Eduardo Cunha (PMDB) e de Waldir Maranhão (PP), o próximo presidente da Câmara do Deputados também será uma figura ligada a polêmicas e suspeitas.
O deputado paranaense Fernando Giacobo (PR) atribuiu à sorte e também a “uma olhadinha e uma benzida de Deus” os 12 prêmios consecutivos de loteria que recebeu, em um período de 14 dias, no ano de 1997. Ao todo, o deputado ganhou R$ 134 mil.
A história de Giacobo em relação aos prêmios em jogos de azar lembra a do ex-deputado federal João Alves de Almeida, morto em 2004, e que tinha recebido 221 prêmios da loteria.
Almeida estava envolvido nas denúncias investigadas na CPI dos Anões do Orçamento e renunciou ao mandato em 1994.
O deputado Fernando Giacobo fez críticas a decisão de Waldir Maranhão de anular, e depois revogar a anulação da sessão que aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Eu acho que ele teve uma decisão equivocada, inválida, e continuou errando quando anulou, o que demonstrou a sua fragilidade na condução da Casa”,
disse o deputado Giacobo, que pode assumir interinamente a presidência da Câmara caso Waldir Maranhão seja afastado.
Giacobo já foi réu no STF (Supremo Tribunal Federal) em três ações, envolvendo falsidade ideológica, formação de quadrilha, sonegação de impostos, e até sequestro e cárcere privado. Todas prescreveram.