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A Câmara de Vereadores aprovou nesta quinta-feira (12), em sessão extraordinária, a redação final do Orçamento Municipal de 2025, marcando um novo recorde em Ribeirão Preto: a peça prevê R$ 5,158 bilhões, superando pela primeira vez os R$ 5 bilhões. Este montante será a base para a gestão de Ricardo Silva (PSD), que assume a prefeitura em janeiro e enfrentará o desafio de equilibrar um orçamento robusto, mas comprometido por dívidas e heranças da administração de Duarte Nogueira (PSDB).
Um Crescimento que Esconde Armadilhas
Apesar do crescimento de 5,92% no orçamento em relação a 2024, as contas públicas de Ribeirão Preto carregam pressões significativas. O aumento da receita direta, que atinge R$ 4,4 bilhões, e o avanço da receita indireta, de R$ 748 milhões, não eliminam os desafios para investimentos reais em áreas prioritárias, como Saúde e Educação.
Secretarias Prioritárias
- Saúde: Receberá R$ 1,032 bilhão, reafirmando sua posição como maior destinatária dos recursos.
- Educação: Contará com R$ 879,5 milhões, reforçando a segunda posição no orçamento.
Essas áreas, embora fundamentais, ainda enfrentam déficits de atendimento e estruturas insuficientes, o que demandará não apenas recursos, mas também eficiência de gestão.
A Herança de Nogueira: Dívidas e Emendas
Com 47 emendas parlamentares adicionando R$ 435,4 milhões à LOA, das quais 39 foram aprovadas, o orçamento de 2025 já nasce com limitações. Isso reflete um desafio político para Ricardo Silva: atender às demandas da população enquanto equilibra as finanças públicas.
A gestão de Nogueira deixa um histórico de dívidas acumuladas e compromissos futuros que restringirão a margem de manobra da nova administração.
Malabarismo Fiscal e Prioridades
Para Ricardo Silva, o verdadeiro teste será implementar uma administração eficiente, priorizando o básico: saúde, educação e infraestrutura. Com um orçamento recorde, mas amplamente comprometido, sua equipe terá que demonstrar habilidade em fazer “mais com menos”.
📢 Reflexão Final:
O orçamento é a alma de qualquer governo, mas sem responsabilidade fiscal e gestão eficiente, números altos são apenas ilusões. Cabe à nova administração provar que é possível transformar cifras em qualidade de vida. Que Ricardo Silva encontre um caminho para equilibrar contas e expectativas.