Governo Lula investe pesado em artistas consagrados com dinheiro público, enquanto obras estão paradas, Bolsa Família sofre cortes e empresas estatais acumulam prejuízos
O Brasil vive um paradoxo alarmante: enquanto hospitais enfrentam escassez de insumos, obras públicas são interrompidas e o próprio programa Bolsa Família sofre cortes, o governo federal segue destinando cifras bilionárias para o setor cultural.
Somente em 2024, foram mais de R$ 10,875 bilhões destinados à cultura através de três leis principais:
- Lei Paulo Gustavo: R$ 3,9 bilhões executados;
- Lei Rouanet: R$ 2,975 bilhões captados via isenção fiscal;
- Lei Aldir Blanc: Previstos R$ 3 bilhões anuais (dentro de um total de R$ 15 bilhões até 2027).
Apesar de parecer uma vitória da cultura, a realidade é que os recursos estão sendo direcionados principalmente a artistas já consagrados e alinhados ideologicamente ao governo, como Gilberto Gil, Fafá de Belém e Ivete Sangalo.
Projetos com temáticas de diversidade, inclusão e progressismo são priorizados, enquanto artistas iniciantes ou de fora da bolha ideológica continuam à margem das políticas culturais.
Exemplos que causam revolta:
- Cláudia Leitte teve aprovado um projeto de quase R$ 6 milhões para shows;
- O Cirque du Soleil foi patrocinado via Lei Rouanet;
- “Disney On Ice” e espetáculos milionários de artistas como Claudia Raia também foram contemplados;
- Produções cinematográficas com temáticas ideológicas também são destaque.
Enquanto isso, estatais como os Correios, que estão tecnicamente falidos, continuam servindo como patrocinadores. O Banco do Brasil e a própria Petrobras mantêm programas robustos de apoio cultural e social, todos focados em diversidade, cultura de esquerda e promoção de narrativas alinhadas ao governo.
O musical “Tempo Rei”, por exemplo, não utilizou leis de incentivo, mas contou com patrocínios do Banco do Brasil, Rolex e… Correios. Mesmo sem incentivos diretos, o financiamento com dinheiro estatal continua.
A crítica central é simples: artistas com público formado e bilheteria garantida não deveriam receber dinheiro público. O correto seria direcionar os recursos para novos talentos, projetos regionais e pequenos produtores culturais. Mas para o governo Lula, agradar os grandes nomes e manter o apoio da elite cultural parece mais importante do que investir na base.
Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.
JORNALISTA AIELLO
“A cultura é essencial, mas a justiça na distribuição dos recursos é ainda mais.”


