Em uma preocupante declaração durante o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Coronel Pedro Luís de Sousa Lopes, responsável pelo setor de inteligência da Polícia Militar paulista, destacou uma tendência alarmante: a interferência do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas eleições municipais. Segundo ele, cidades menores são especialmente vulneráveis à influência política da facção criminosa, tornando o financiamento de campanha um ponto crítico.
Influência política, tráfico de drogas e ocupações
No contexto de Ribeirão Preto, rumores sobre o envolvimento de candidatos em atividades ilegais, como o apoio a “pancadões” e a organização de ocupações, geram desconfiança na população. Esses eventos, conhecidos por vendas de entorpecentes e ocupações de terrenos, contribuem para a obtenção de votos, conforme descrito por moradores locais.
Preocupação crescente e ações preventivas
O coronel Lopes expressou preocupação com a generalizada participação do PCC na política, enfatizando que há indícios significativos de que o crime organizado financia campanhas em diversos municípios incluindo Ribeirão Preto e cidades da região.
As reuniões com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) têm sido fundamentais para monitorar e responder a possíveis interferências no processo eleitoral.
Riqueza crescente e estratégias mafiosas
Com o aumento das operações de tráfico internacional de drogas, os lucros da facção quadruplicaram, permitindo um maior envolvimento em financiamentos políticos. Lopes comparou a situação à estratégia das máfias italianas, que usam contratos públicos como fonte de renda. Apesar do desafio, a PM mantém seu compromisso de combater essas atividades, reforçando a necessidade de monitorar e responder de forma eficiente.
Desafio contínuo
A declaração do Coronel Lopes lança luz sobre a complexa interação entre crime organizado e política, destacando a necessidade de medidas firmes e coordenadas para garantir a integridade das eleições e a segurança pública.