🌐 Voto já parece definido, mas há muita coisa em jogo… Não caia no conto da mudança!
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Resumo dos principais pontos:
- Pesquisa Quaest mostra Ricardo Silva (PSD) com 46% das intenções de voto para prefeito de Ribeirão Preto.
- Três candidatos estão tecnicamente empatados em segundo lugar: Roque (PT) com 9%, Marco Aurelio (Novo) com 6% e André Trindade (União) com 5%.
- Indecisos somam 14%, enquanto 19% declararam voto branco/nulo ou afirmaram que não irão votar.
- A pesquisa foi realizada com 852 pessoas entre os dias 24 e 26 de agosto, com uma margem de erro de 3 pontos percentuais.
Matéria completa:
Em mais uma eleição em Ribeirão Preto que parece caminhar para um desfecho já esperado, a primeira pesquisa de intenção de voto para prefeito trouxe poucas surpresas. Ricardo Silva (PSD), que já domina o cenário político local, lidera com 46% das intenções de voto, segundo a pesquisa do Instituto Quaest divulgada na terça-feira (27). Esse número reforça o favoritismo de Silva, que conta com ampla aceitação em diversos segmentos da sociedade.
No entanto, há um detalhe interessante. Três candidatos – Roque (PT) com 9%, Marco Aurelio (Novo) com 6%, e André Trindade (União) com 5% – estão tecnicamente empatados na segunda posição. Este empate mostra que, embora Silva esteja confortável na liderança, a disputa por uma eventual mudança ainda não está totalmente descartada, ainda que seja um cenário difícil.
A pesquisa foi realizada presencialmente entre os dias 24 e 26 de agosto, ouvindo 852 eleitores. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Esses dados foram registrados na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-06854/2024.
A questão dos indecisos e nulos
Entre os números revelados pela pesquisa, chama atenção o percentual de indecisos: 14%. Esse grupo ainda pode fazer a diferença em uma disputa que, para muitos, parece já decidida. Além disso, 19% dos entrevistados afirmaram que pretendem votar em branco, nulo ou não comparecer às urnas. Em outras palavras, quase um terço do eleitorado ainda não está comprometido com nenhum candidato, o que pode significar surpresas no futuro – especialmente se algum dos candidatos que estão atrás encontrar uma estratégia convincente para reverter essa situação.
Detalhes por faixa etária, escolaridade, renda e religião
A pesquisa também analisou as intenções de voto por categorias como faixa etária, nível de escolaridade, renda e religião:
- Faixa etária: Eleitores mais jovens (16 a 34 anos) apresentam 21% de votos brancos/nulos, enquanto 15% dos mais velhos (60 anos ou mais) demonstram desinteresse pelo pleito. Curiosamente, os indecisos entre todas as faixas etárias variam pouco, girando em torno de 14% a 16%.
- Escolaridade: Quem tem até o ensino fundamental também está entre os mais indecisos (15%), enquanto aqueles com ensino superior incompleto ou mais apresentam 13% de indefinição. Votos brancos e nulos são mais comuns entre os que têm ensino médio completo ou incompleto (21%).
- Renda: Entre aqueles que ganham até 3 salários mínimos, 15% ainda estão indecisos. Já o voto em branco/nulo cresce entre os que têm renda mais alta, chegando a 22% entre quem ganha mais de 7 salários mínimos.
- Religião: Interessante notar que eleitores evangélicos e os que não possuem religião formam os grupos com maior desinteresse pelo pleito, com 19% e 27% de votos brancos/nulos, respectivamente.
Comparativo com o voto de 2022
Outra análise feita foi em relação ao comportamento dos eleitores no 2º turno de 2022. Quem votou em Lula está mais definido, com apenas 11% de indecisos, enquanto 13% dos que votaram em Bolsonaro ainda não sabem o que fazer em 2024. Surpreendentemente, o grupo dos que votaram em branco/nulo em 2022 é o mais indeciso para esta eleição, com 17% sem saber em quem votar agora.
Conclusão:
Mais uma vez, vemos um cenário onde o favorito está na frente, mas a grande questão é: os eleitores indecisos e descontentes com o sistema vão reagir a tempo de mudar o jogo? Apenas o tempo dirá, mas, por enquanto, a máquina já está rodando para manter as coisas como estão. Em um cenário onde os valores conservadores e cristãos parecem ser a última barreira contra o caos, é fundamental lembrar: é o eleitor quem tem o poder de mudança.
“O futuro não pertence aos fracos, mas aos que têm coragem de lutar!”
Assinatura: Jornalista Aiello