A votação do segundo turno terminou às 17h na maior parte do país. Aqueles que estiverem na fila das seções eleitorais após esse horário ainda poderão votar. O Brasil tem quatro fusos horários. Por isso, a divulgação das pesquisas de boca urna e da apuração parcial para presidente da República só acontece após as 19h, quando se encerra a votação no Acre.
Além votar para escolher o próximo presidente do país, em 13 estados e no Distrito Federal, os eleitores votaram para governador.
Jair Messias Bolsonaro (PSL), de 63 anos, foi eleito neste domingo (28) para comandar o Brasil até 2022. Para conquistar pela primeira vez o cargo mais importante do Executivo nacional, o deputado federal derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno do pleito.
A vitória foi oficializada pouco depois das 19h20, quando mais de 94% das urnas já haviam sido apuradas e Haddad não tinha mais condições de alcançar Bolsonaro.
Na parcial que confirmou o resultado, o candidato do PSL somava mais de 55,2 milhões de votos, contra 44,1 milhões do petista. Restavam ainda ser apurados pouco menos de 8 milhões de votos.
A vitória confirma todas as pesquisas de intenção de voto, que apontavam Bolsonaro com ampla vantagem sobre Haddad e menor rejeição do que o petista. No primeiro turno, ele obteve quase 50 milhões de votos e avançou em primeiro lugar para a disputa final.
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Nascido na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, em 21 de março de 1955, Bolsonaro é ex-militar, foi vereador da cidade do Rio de Janeiro de 1989 a 1991 e está em seu sétimo mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro. Em 2014, recebeu 464.572 votos e o foi candidato mais votado do Estado.
A carreira de Bolsonaro como militar começou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Depois, se formou na Academia Militar das Agulhas Negras. Entre 1979 e 1981, ele serviu no 9º Grupo de Artilharia de Campanha, situada na cidade de Nioaque (MS), onde integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista.
Em 1986, se formou no curso de educação física na Escola de Educação Física do Exército. Três anos mais tarde, liderou um protesto contra os baixos salários dos militares.
Atentado
Durante um ato de campanha no dia 6 de setembro, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O atentado perfurou o intestino grosso e delgado e fez com o que o candidato perdesse 2,5 litros de sangue.
Após passar mais de 24 dias internado, o pesselista recebeu alta e foi para o Rio de Janeiro se recuperar em casa, de onde centralizou a reta final da campanha e gravou alguns dos vídeos apresentados no horário eleitoral.