Eduardo Tagliaferro Ex assessor de Moraes fugindo com medo de ser morto?

A duvida é Tagliaferro Ex assessor de Moraes corre risco de vida ou é mais uma cortina de fumaça usada pelo TSE

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Eduardo Tagliaferro é um perito criminal e ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nomeado por Alexandre de Moraes em agosto de 2022 durante sua presidência na corte eleitoral. Sua trajetória e o recente vazamento de áudios em que ele expressa medo de retaliações do ministro do STF tornaram-no figura central em um escândalo envolvendo supostas irregularidades nas investigações contra aliados de Jair Bolsonaro.

Abaixo, os principais pontos sobre ele e o caso:


1. Papel no TSE e Relação com Alexandre de Moraes

  • Nomeação e Funções: Tagliaferro foi escolhido por Moraes para comandar a área de combate a fake news no TSE durante as eleições de 2022. Sua assessoria produzia relatórios sobre desinformação e atividades ilícitas, que eram encaminhados ao STF para embasar decisões judiciais contra bolsonaristas.
  • Informalidade nas Solicitações: Mensagens vazadas revelaram que o gabinete de Moraes solicitava relatórios de forma não oficial via WhatsApp, sem seguir os trâmites formais entre STF e TSE. Em um áudio, um assessor de Moraes admitiu que a prática era “descarada” e poderia gerar questionamentos.
  • Integração no Núcleo de Inteligência: Além da assessoria, Tagliaferro fazia parte de um núcleo de inteligência criado por Moraes para coordenar ações de segurança eleitoral, o que reforçava sua proximidade com o ministro.

2. Vazamentos e Investigação

  • Denúncias de Atividades Extraoficiais: Reportagens da Folha de S.Paulo expuseram que os relatórios do TSE eram ajustados conforme demandas do STF, incluindo instruções como “use a sua criatividade” quando não havia indícios contra alvos específicos.
  • Apreensão do Celular: Após se recusar a entregar voluntariamente seu telefone à Polícia Federal, Moraes determinou a apreensão do aparelho, alegando interesse público nas investigações. O dispositivo havia sido devolvido anteriormente pela Polícia Civil sem seguir protocolos adequados.
  • Inquéritos Sob Suspeição: A defesa de Tagliaferro criticou a abertura de inquéritos por Moraes, argumentando que ele atuava como “juiz e parte” ao investigar vazamentos que o envolviam diretamente.

3. Medo de Retaliações e Áudio Vazado

  • Temor de Prisão: Tagliaferro declarou à CNN que temia ser preso arbitrariamente por Moraes, citando casos anteriores em que o ministro teria ignorado a Procuradoria-Geral da República (PGR) para prender investigados.
  • Áudio sobre “Fuga”: Em um vazamento recente (abril/2025), Tagliaferro conversou com o jornalista exilado Oswaldo Eustáquio sobre um “plano de fuga”, mencionando medo de morrer. Ele negou estar fugindo, mas não explicou o contexto da gravação, afirmando: “Não tenho que dar explicações”.
  • Motivação do Medo: Tagliaferro é considerado uma “prova viva” de que o TSE atuou fora do rito legal para beneficiar investigações do STF. Sua demissão em 2023, após ser preso por violência doméstica, também o colocou em conflito com Moraes.

4. Repercussão e Críticas

  • Defesa de Moraes: Ministros do STF, como Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, apoiaram publicamente Moraes, afirmando que os procedimentos foram regulares. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou pedidos para afastá-lo da relatoria do caso.
  • Questionamentos Jurídicos: Especialistas em direito processual penal criticaram a acumulação de funções por Moraes, destacando a falta de imparcialidade ao investigar ações do próprio gabinete.

5. Perfil Pessoal e Profissional

  • Formação: Engenheiro civil e advogado pela Universidade Paulista, com mestrado em Inteligência Artificial pela UFV. Iniciou carreira como perito computacional em 2017.
  • Trajetória: Trabalhou em tribunais regionais antes de ser recrutado por Moraes. Publicou fotos com dedicatórias do ministro, evidenciando a relação próxima.

Conclusão

Tagliaferro personifica as tensões entre o STF e bolsonaristas, simbolizando acusações de uso político do sistema judiciário. Seu medo de represálias e o áudio vazado reforçam suspeitas de que ele detém informações sensíveis sobre operações extraoficiais. O caso continua a gerar debates sobre a independência das instituições e os limites do poder de magistrados como Moraes.

Ja existe uma denucia anterior onde O juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), Airton Vieira, teria pedido para o perito criminal Eduardo Tagliaferro usar a “criatividade” contra a revista Oeste durante troca de mensagens.

Criatividade aqui entende-se por criar fatos para que Moraes pudesse usar contra a revista como forma de perseguição ao veiculo de imprensa.

A conversa foi divulgada como parte de uma reportagem que teve acesso a mensagens e áudios trocados entre assessores de Moraes.

Na época, Tagliaferro comandava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A relação entre as ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a presidência de Alexandre de Moraes em 2022 e o uso de relatórios da Corte Eleitoral no inquérito das fake news do STF, mesmo em casos não diretamente ligados às eleições, gerou intenso debate jurídico e político. Abaixo, uma síntese detalhada do caso, com base nas informações dos search results:


1. Contexto e Mecanismo de Ação

  • Conexão TSE-STF: Durante e após as eleições de 2022, o gabinete de Moraes no STF solicitou informalmente, via WhatsApp, a produção de relatórios pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE. Esses documentos subsidiaram decisões no inquérito das fake news, como bloqueio de redes sociais, cancelamento de passaportes e quebras de sigilo contra bolsonaristas .
  • Papel de Eduardo Tagliaferro: Como chefe da AEED, Tagliaferro recebia pedidos diretos de Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes no STF. As mensagens revelam que os relatórios eram ajustados conforme orientações específicas, como incluir “falas mais ácidas” para justificar medidas punitivas.

2. Caso Revista Oeste: Um Exemplo de “Criatividade”

  • Solicitação Informal: Em 6 de dezembro de 2022, Airton Vieira pediu a Tagliaferro que analisasse a revista Oeste para “desmonetizá-la” nas redes, alegando conteúdo golpista. Tagliaferro respondeu que não encontrou irregularidades, apenas “publicações jornalísticas”. Vieira então instruiu: “Use a sua criatividade… Pegue uma ou outra fala, opinião mais ácida” .
  • Falta de Base Legal: O episódio ilustra a produção de relatórios sem evidências concretas, usando critérios subjetivos para enquadrar alvos políticos. Tagliaferro afirmou à Folha que “cumpria ordens” e não via ilegalidade, enquanto o gabinete de Moraes defendeu a regularidade dos procedimentos.

3. Preocupações com a Informalidade

  • Admissão de Risco por Airton Vieira: Em áudio de outubro de 2022, Vieira expressou receio de que a origem dos pedidos (STF) fosse questionada: “Formalmente, se alguém for questionar, vai ficar uma coisa muito descarada […] Ficaria chato”. Sugeriu mascarar a origem das solicitações como sendo do TSE.
  • Ausência de Documentação Oficial: Em nenhum dos 20 casos analisados pela Folha havia registro formal de que os relatórios foram produzidos a pedido de Moraes. Parte deles foi atribuída a “denúncias anônimas” ou “ordens de juízes auxiliares do TSE”.

4. Justificativas e Defesa de Moraes

  • Argumento do “Poder de Polícia”: Moraes afirmou que, como presidente do TSE, tinha competência para solicitar relatórios sem formalização, baseado no poder de polícia da Justiça Eleitoral. O gabinete reiterou que todos os procedimentos foram “oficiais, regulares e documentados”, com participação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
  • Apoio Institucional: Ministros do STF, como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, defenderam a legalidade das ações, classificando críticas como “tempestade fictícia”. Barroso destacou que as postagens analisadas eram públicas e vinculadas a investigações existentes.

5. Críticas e Questionamentos Jurídicos

  • Extrapolação de Competência: Especialistas em direito eleitoral, como Horácio Neiva, argumentam que o poder de polícia do TSE é restrito a infrações eleitorais (ex.: propaganda irregular), não a inquéritos criminais no STF. Decisões como bloqueio de contas e cancelamento de passaportes seriam atribuições da Justiça Comum, não da Eleitoral .
  • Riscos à Imparcialidade: A mistura de funções (Moraes como presidente do TSE e relator do inquérito no STF) levantou suspeitas de parcialidade. O ex-presidente do STF Nelson Jobim comparou os métodos aos da Lava Jato, criticando a “caça” a adversários políticos.

6. Repercussão Política

  • Reações de Bolsonaristas: Parlamentares aliados a Jair Bolsonaro anunciaram pedidos de impeachment contra Moraes e a criação de uma CPI para investigar supostos abusos 26.
  • Defesa do Governo Lula: Ministros como Paulo Teixeira e Gleisi Hoffmann (PT) apoiaram Moraes, acusando a mídia de alimentar narrativas golpistas.

Conclusão

O caso expõe tensões entre a necessidade de combater desinformação e os limites institucionais do poder judiciário. Embora as ações de Moraes tenham sido respaldadas por parte do STF, a informalidade nas solicitações e o uso do TSE para fins extrapolados geram dúvidas sobre a conformidade com o devido processo legal. O debate reflete um conflito mais amplo: até que ponto o combate a ameaças à democracia justifica a flexibilização de procedimentos?

As respostas continuam divididas entre juristas, políticos e a sociedade.

A duvida é Tagliaferro Ex assessor de Moraes corre risco de vida ou é mais uma cortina de fumaça usada pelo TSE