A prefeita Dárcy Vera, é supostamente uma das beneficiárias de parte da propina paga para a liberação de honorários advocatícios referentes a um acordo de R$ 800 milhões, segundo documentos da Operação Sevandija.
Escutas telefônicas com autorização da Justiça mostram a ex-advogada do Sindicato dos Servidores, Maria Zuely Alves Librandi em conversa com o também advogado Sandro Rovani combinando o pagamento de suposta propina. Os dois estão presos.
No áudio, a advogada diz que está no banco e que iria sacar R$ 70 mil.
Desse total, R$ 50 mil seria para Rovani levar para “o nosso amigo” e o restante do dinheiro (R$ 20 mil) seria entregue para “ela”.
Para a PF e o Ministério Público, a propina seria destinada ao superintendente do DAERP, Marco Antônio, e à prefeita Dárcy Vera.
A ex-mulher de Sandro Rovani, Cláudia Aparecida da Silva, revela o conhecimento sobre uma suposta participação de Dárcy nos desvios.
Uma ligação gravada pela PF com autorização da Justiça entre o advogado, Sandro Rovani, e a ex-mulher Cláudia Aparecida da Silva, revelam que Claudia tem provas sobre a participação da prefeita Dárcy Vera, em um esquema de desvio de dinheiro em Ribeirão.
Silveira Neto esta preso desde quinta-feira (1º), ele é apontado pela investigação como o responsável por repassar propina a políticos e a funcionários do alto escalão do governo municipal.
Na ligação, Silveira Neto teve uma séria discussão sobre dinheiro com a ex-mulher.
Cláudia faz ameaças.
Cláudia: “Eu não sei que mundo você tá.
Você tá querendo ganhar dinheiro sem trabalhar.
Isso é muito fácil. Até eu que sou mais burra, idiota.
Olha, essa Dárcy Vera vai sair milionária de tanto que roubou os outros.”
Silveira Neto: “Eu não tenho nada com Dárcy Vera.”
Cláudia: “Você tem sim! Você tem sim! Você foi cúmplice! Você recebeu coisa junto com ela, que eu tenho como provar.
Você e ela. Você tá f###! Vocês estão f###! Junto com o dr. Marco.
Vocês não sabem o que eu tenho! Você não sabe! Você não sabe!
Pra mim, você agiu comigo como uma palhaça! Agora comigo é ‘tete à tete’, é na chantagem! Se quiser, bem. Se não quiser, adversário não falta. Adversário não falta. Conversinha sua eu não caio mais.
Eu estou esperando o combinado. Você não deu, problema seu. Você teve seu prazo.
Agora eu vou ligar pro seu adversário, porque eu não tenho adversário e vou falar ‘filho, tá aqui.
Analisa na minha frente que eu acho que é bom pra você'”.
Os vereadores Samuel Zanferdini (PSD), Evaldo Mendonça da Silva, o Giló (PTB), Capela Novas (PPS), Genivaldo Gomes (PSD), Cícero Gomes (PMDB), José Carlos de Oliveira, o Bebé (PSD), Maurilio Romano (PP), Saulo Rodrigues da Silva, o Pastor Saulo (PRB) e Walter Gomes (PTB) são suspeitos de indicar quais pessoas deveriam ser admitidas pelas empresas terceirizadas.
A Polícia Federal anunciou nesta sexta-feira, 9, o encerramento do inquérito policial referente à 1ª fase da Operação Sevandija.
Em nota, a PF afirma que encaminhou os documentos ao Ministério Público, para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), para análise.
O comunicado informou ainda que as denúncias foram oferecidas pelo GAECO à 4ª Vara Criminal, que decidirá sobre seus recebimentos e o início das ações penais contra os denunciados.