Câmara aprova política de diagnóstico tardio do autismo, mas faltará estrutura nas UPAs

PL busca ajudar adultos e idosos com sinais de TEA, mas população teme que medida fique apenas no papel.

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PL busca ajudar adultos e idosos com sinais de TEA, mas população teme que medida fique apenas no papel.

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Resumo Inicial:
Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto aprova projeto que institui política municipal para diagnóstico tardio do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Apesar da boa intenção, moradores questionam se a rede pública terá estrutura suficiente para colocar a lei em prática, já que as UPAs enfrentam superlotação e atendimento precário. Entenda os desafios da nova política e por que ela pode ser mais um plano sem execução.

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📢 Projeto aprovado, mas realidade preocupa

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto aprovou, por 21 votos, o Projeto de Lei (PL) que institui a Política Municipal de Diagnóstico Tardio do Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresentado pelo vereador Maurício Vila Abranches (PSDB).

A proposta tem como objetivo principal promover campanhas educativas, capacitação profissional e acolhimento de pessoas adultas e idosas que possam apresentar sinais compatíveis com o autismo, respeitando as competências municipais na área de saúde, educação e assistência social.

No entanto, diante do atual estado das unidades de pronto atendimento (UPAs) locais — repletas de filas, longos tempos de espera e atendimentos paliativos — muitos cidadãos se perguntam: será mais uma lei importante, mas ineficaz?


🔍 O que prevê o Projeto de Lei?

  • Campanhas educativas e informativas sobre o TEA em meios de comunicação, escolas e centros de saúde.
  • Capacitação contínua de profissionais da saúde, educação e assistência social para identificação de sinais do autismo em adultos e idosos.
  • Inserção de conteúdo sobre TEA nos programas de formação dos servidores municipais.
  • Integração com conselhos municipais , como saúde, assistência social e direitos das pessoas com deficiência, para monitoramento das ações.

O texto também destaca que a implementação será feita de forma gradativa, observando a disponibilidade orçamentária do município.


🤔 Boa intenção, mas… onde está a estrutura?

“A ideia é louvável, mas precisamos olhar para a realidade das unidades de saúde”, afirma Maria Fernanda Almeida, mãe de um adolescente diagnosticado tardiamente com TEA.

Muitos apontam que, embora o PL tenha mérito, a falta de infraestrutura nas UPAs e unidades básicas de saúde pode inviabilizar sua efetivação. Hoje, é comum pacientes passarem horas esperando por atendimento básico, recebendo medicações paliativas ou sendo orientados a retornar em outra data.

Se a rede não consegue suportar demandas corriqueiras, como absorverá um novo programa voltado a um público tão específico e necessitado?


📉 Dados que assustam: a crise nas UPAs de Ribeirão Preto

  • Filas de até 6 horas por atendimento médico em dias de maior movimento.
  • Média de 3 a 4 meses para consultas especializadas.
  • Falta de medicamentos essenciais em diversas unidades.
  • Redução de equipes multidisciplinares em áreas como psicologia e fonoaudiologia.

Esses fatores levantam dúvidas sobre a real viabilidade de implementação do novo programa.


💬 Vereador defende proposta: “É o primeiro passo”

Em nota, o vereador Maurício Vila Abranches afirmou:

“Saber reconhecer e identificar o TEA em adultos e idosos é dar dignidade a quem viveu anos sem compreender suas próprias dificuldades. Essa política é o primeiro passo para que Ribeirão Preto avance no cuidado integral às pessoas neurodivergentes.”


🧭 Como garantir que a lei saia do papel?

Para que o projeto não seja apenas mais uma norma esquecida, é necessário:

Planejamento estratégico com metas claras
Alocação de recursos específicos no orçamento municipal
Monitoramento constante pela sociedade civil
Parcerias com ONGs e associações especializadas no TEA
Pressão popular por transparência e resultados


📌 Próximos passos

Agora, o PL segue para sanção do Poder Executivo. Caso sancionado, deverá ser regulamentado com cronograma de ações e alocação de recursos.

Mas, enquanto isso não acontece, a população espera não só palavras, mas ações concretas que tragam impacto real à vida dos ribeirãopretenses.


🇺🇸 Summary of the article (written as if by an American journalist):
🚨 The city council of Ribeirão Preto has approved a bill aimed at improving late diagnosis of Autism Spectrum Disorder (ASD) in adults and seniors. While the initiative is praised for its intentions, concerns are growing that the local healthcare system, already overwhelmed and under-resourced, may not be capable of implementing the new policy effectively. With long waiting times, lack of specialized care, and overburdened emergency units, many fear this could become another law that remains only on paper. The bill now awaits executive approval, but citizens are calling for transparency and concrete steps to ensure its execution.


🙏 Enquanto você lê essa matéria, lembre-se: a saúde é o bem mais valioso que temos. Cuide-se, cuide de quem ama e aproveite cada momento com sabedoria. A velha mídia muitas vezes omite a verdade, mas aqui em Ribeirão, falamos o que outros não querem dizer.
JORNALISTA AIELLO – DRT 3895/SP
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