Justificativas esfarrapadas como “segurança” ou “serviço” tentam disfarçar o desconforto de autoridades que não podem mais andar entre o povo sem serem hostilizadas.
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📊 Mais de 1.400 voos exclusivos para autoridades em 2024
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou mais de 1.400 voos exclusivos para autoridades dos três Poderes somente em 2024. Um decreto presidencial de 2020 autoriza ministros, presidentes do Congresso, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal (STF) a solicitarem aeronaves com justificativas que variam entre “segurança” e “serviço”. Contudo, na prática, muitos desses voos são usados de forma questionável.
🚁 Barroso lidera o ranking com 143 voos
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, lidera a lista com 143 deslocamentos utilizando aeronaves da FAB. Em seguida, vem o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com 126 voos, empatado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
Confira o ranking completo:
- Presidente do STF, Luís Roberto Barroso: 143 voos
- Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP): 126 voos
- Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT): 126 voos
- Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski: 91 voos
- Aeronaves à disposição do Ministério da Defesa: 91 voos
- Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos): 79 voos
- Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro: 76 voos
- Ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB): 64 voos
- Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD): 63 voos
- Ministro da Educação, Camilo Santana (PT): 52 voos
📑 Transparência parcial e sigilo conveniente
Apesar do número alarmante de viagens, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, em 2023, que dados detalhados sobre esses voos podem ficar sob sigilo, alegando “questões de segurança”.
O decreto presidencial que regulamenta essas viagens ainda prevê que a utilização deve ser justificada e que, “sempre que possível”, as aeronaves devem ser compartilhadas entre mais de uma autoridade. Na prática, isso raramente ocorre.
💼 Ministérios justificam, mas não convencem
Os ministérios da Justiça, Fazenda, Educação e Transportes responderam que os voos foram solicitados dentro da legalidade, com base em deslocamentos de serviço ou por motivos de segurança. No entanto, não detalharam itinerários, agendas ou justificativas claras para cada viagem.
Enquanto isso, 91 voos da FAB em 2024 seguem sem qualquer informação sobre passageiros ou finalidades.
🛑 Uso político e regalias de sempre
O uso indiscriminado das aeronaves da FAB não é novidade. Mesmo no governo anterior, a prática foi criticada, mas pouco foi feito para coibir abusos. O povo brasileiro segue pagando a conta dessas mordomias.
“A distância entre o povo e aqueles que deveriam representá-lo aumenta a cada voo exclusivo. A transparência e responsabilidade precisam decolar, antes que o avião da moralidade caia em queda livre.”
✍️ JORNALISTA AIELLO – Em Ribeirão: 10 anos tocando em feridas que são escondidas pela velha mídia
2025 será um ano de terror, mas o conhecimento e a antecipação mudam tudo.
📰 Resumo em Inglês:
“In 2024, Brazilian Air Force (FAB) planes were used over 1,400 times by high-ranking authorities, under the pretext of ‘security’ or ‘service.’ Supreme Court President Luís Roberto Barroso led the list with 143 flights, followed by House Speaker Arthur Lira and Finance Minister Fernando Haddad, both with 126 trips each. Despite legal regulations mandating transparency, many flights remain classified under vague justifications. The Brazilian taxpayer continues to foot the bill for these exclusive privileges.”
