Secretária admite falhas em CPI e prorroga contrato com cooperativa; descarte irregular expõe caos na administração pública
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Ribeirão Preto vive uma grave crise na gestão de resíduos. Durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta terça-feira (17), a secretária de Infraestrutura, Catherine D’Andrea, confirmou a prorrogação por quatro meses do contrato com a Cooperativa Mãos Dadas. A decisão veio após denúncias de descarte irregular no bairro Ipiranga e diante de uma chamada pública emperrada pela ineficiência da prefeitura.
A coleta seletiva segue sendo realizada pela empresa Estre SPI Ambiental, num contrato de R$ 3,6 milhões. Contudo, denúncias frequentes de descarte irregular e atrasos no serviço demonstram a precariedade do sistema atual.
🔎 Descarte irregular: a ponta do iceberg
No início de dezembro, fiscais flagraram entulho despejado irregularmente na rua Japurá, bairro Ipiranga. A justificativa apresentada pelos funcionários da Estre beira o absurdo: “ajuda a uma senhora de idade”. Demitidos por justa causa, eles expuseram a fragilidade na supervisão de um serviço que consome milhões dos cofres públicos.
A secretária admitiu ser a terceira notificação contra a empresa apenas em 2024. Apesar disso, multas ainda não foram aplicadas, e o contrato, que já ultrapassa R$ 86 milhões, é frequentemente alvo de pedidos de aditivos financeiros.
📉 Chamada pública fracassada
Questionada pelo vereador Isaac Antunes, D’Andrea revelou que o processo para contratação de novas cooperativas está paralisado. Segundo ela, a Mãos Dadas já opera no limite de sua capacidade, enquanto a Cooperagir enfrenta dificuldades para se adequar às exigências legais. A promessa de um novo edital expõe a falta de planejamento e comprometimento do poder público.
❓ Onde estão os vereadores?
Enquanto a saúde, educação e segurança sofrem com a mesma falta de fiscalização, vereadores seguem omissos. Pergunta-se: esses representantes fazem jus aos seus salários? A ausência de ações contundentes na fiscalização da prefeitura demonstra um cenário de conivência ou ineficiência legislativa.
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🌱 A quem interessa esse “jeitinho”?
Na iniciativa privada, empresas flagradas em irregularidades são penalizadas severamente. Na administração pública de Ribeirão Preto, contratos são prorrogados e irregularidades tratadas com justificativas frágeis. É hora de exigir que o poder público adote uma postura firme e transparente, garantindo que cada centavo dos R$ 86 milhões gastos em coleta de lixo seja revertido em serviços de qualidade para a população.
Motivação final: Cada cidadão deve questionar os responsáveis por essa situação e cobrar soluções práticas. A verdadeira mudança começa quando exigimos respeito e eficiência daqueles que gerem os recursos públicos. Não aceite desculpas, lute pela sua cidade!
JORNALISTA AIELLO – A VERDADE DOA A QUEM DOER