Mais uma vez, a concessão da “saidinha” para presidiários reacende o debate sobre os limites e falhas de um sistema que, sob a justificativa de ressocialização, acaba oferecendo brechas para a reincidência criminal. O caso de um homem de 32 anos, detido ao tentar furtar itens básicos de higiene em um supermercado no bairro Ipiranga, em Ribeirão Preto, ilustra como essa política de liberação temporária é muitas vezes um benefício para criminosos que não demonstram compromisso com a reintegração social.
O Caso
Na noite da última terça-feira (21), o homem, recém-saído do regime fechado, foi flagrado por um vigilante tentando furtar pasta de dente, óleo e um barbeador. Ele teria adaptado sua roupa com fita adesiva para ocultar os produtos, um indicativo de premeditação. Ao ser detido, justificou suas ações com “desespero”, mas o episódio expõe um padrão que vai além da necessidade imediata: a ausência de um plano real de ressocialização.
Saidinha: Falha no Sistema?
O benefício da saidinha, idealizado para fortalecer vínculos familiares e reintegrar o detento à sociedade, tem se mostrado uma ferramenta insuficiente diante da falta de acompanhamento e suporte. Em muitos casos, como o relatado, os indivíduos não apenas reincidem, mas colocam em risco a segurança pública, tornando-se um peso para a sociedade.
Os Impactos para Ribeirão Preto
Em uma cidade que enfrenta problemas de segurança recorrentes, como furtos e roubos frequentes, episódios como este geram indignação na população. Ribeirão Preto, já fragilizada pela criminalidade em bairros como Campos Elíseos, Centro e Ipiranga, vê sua segurança pública pressionada ainda mais.
Medidas Necessárias
Para que a saidinha não seja apenas uma oportunidade para criminosos voltarem ao crime, é urgente que medidas sejam implementadas:
- Acompanhamento Rigoroso: Monitoramento eletrônico e presencial para detentos liberados temporariamente.
- Critérios Mais Rígidos: Limitar o benefício apenas para presos com histórico comprovado de bom comportamento e engajamento em programas de ressocialização.
- Programas de Reinserção Efetiva: Oferecer suporte psicológico, treinamento profissional e oportunidades de emprego antes da liberação.
- Fiscalização Intensiva: Reforço no policiamento em áreas com maior incidência de crimes cometidos por egressos.
Mensagem Final
A ressocialização deve ser uma meta, mas não à custa da segurança pública. A sociedade não pode ser refém de um sistema falho que libera criminosos despreparados para conviver em liberdade. É hora de cobrar do Estado ações concretas que protejam os cidadãos e garantam que benefícios como a saidinha sejam, de fato, um caminho para a recuperação e não para a reincidência.
ASSINATURA: JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP – Em Ribeirão 10 anos tocando em feridas que são escondidas pela velha mídia
