A PF (Polícia Federal) prendeu nesta quinta-feira (12) 13 pessoas, sendo oito em Ribeirão, durante a operação batizada de “Falange”, que investiga o tráfico de drogas com ramificações nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Além do envolvimento com o tráfico, os suspeitos são investigados por lavagem de dinheiro e duas revendedoras de carros de luxo de Ribeirão seriam usadas para a prática do crime, de acordo com o delegado.
“Era uma organização criminosa sediada parte aqui em Ribeirão Preto e parte em Santa Catarina. Eles pegavam cocaína em Ponta Porã (MS) e lavavam para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina”,
afirma o delegado responsavel.
As investigações apontaram que o grupo movimentou R$ 9 milhões em uma conta nos últimos três anos.
Ainda de acordo com o a polícia, durante os dez meses da operação foram presas 24 pessoas no total e apreendidos 73,5 quilos de maconha e 402,2 quilos de cocaína, cujo valor é estimado em R$ 5,5 milhões, além de uma arma de nove milímetros, R$ 150 mil e 13 mil dólares.
A PF apurou que a droga saía de Ponta Porã (MS) e era enviada para o Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
O transporte, geralmente, era feito em fundos falsos de caminhões.
Chefões
Dois irmãos são apontados como os chefes do grupo, sendo que um ficava em Ribeirão e outro em Balneário Camboriú (SC).
Segundo o delegado da Polícia Federal, a maior parte da droga apreendida em toda operação estava em Ribeirão.
“Apenas 100 kg da cocaína estava no Rio Grande do Sul. Grande parte da droga apreendida foi encontrada em fundos falsos de caminhões”,
revelou.
Sob investigação
Duas revendedoras de carro de luxo de Ribeirão também estão sendo investigadas na operação.
“Estamos investigando se alguns carros recebidos como parte do pagamento de drogas eram comercializados por essas revendas e estamos verificando a participação dos proprietários. Estamos avaliando também se essas garagens eram utilizadas para lavagem de dinheiro”,
afirma o delegado.
De acordo com a PF, os suspeitos serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Vida de luxo
Os líderes do grupo tinham uma vida de luxo.
“Prendemos praticamente todos os envolvidos, então temos líderes com patrimônio alto, com casas e apartamento no estado de Santa Catarina, nas cidades de Florianópolis, na praia de Jurerê e na cidade de Balneário Camboriú”.
Apreensão
Os 87,6 kg de pasta base de cocaína, cuja apreensão foi realizada no último dia 3 de maio pela Polícia Federal, também pertenciam ao grupo, a pasta base foi encontrada em um caminhão, que vinha do Mato Grosso do Sul.
Três homens foram presos durante a ação.
Essa apreensão ocorreu em um posto de combustíveis às margens da rodovia Anhanguera. A droga estava em um fundo falso abaixo do banco do motorista, de acordo com a polícia.
A PF informou que os presos serão indiciados por organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas podem chegar a 43 anos de prisão.