Polícia realiza em Ribeirão Preto operação contra sequestradores

Casal foi sequestrado em maio e só liberado após pagamento de R$ 2, milhões em moedas criptografadas; ação ocorre na cidade e outros três estados

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Casal foi sequestrado em maio e só liberado após pagamento de R$ 2, milhões em moedas criptografadas; ação ocorre na cidade e outros três estados

O Centro de Inteligência da Delegacia Seccional da Polícia Civil de Ribeirão Preto e o Cybergaeco do Ministério Público do Estado de São Paulo estão realizando, na manhã desta quarta-feira (09) a Operação Kirven, com o objetivo de prender sequestradores que receberam mais de R$ 2 milhões em bitcoins por um sequestro.

Em maio deste ano, duas pessoas foram sequestradas em Ribeirão Preto.

Elas ficaram em cativeiro e foram forçadas a realizar a transferência do montante do resgate em criptomoedas. Segundo a Polícia Civil, os sequestradores tinham prévio conhecimento de que as vítimas mantinham os criptoativos em um “hardware Wallet” (carteira física) e executaram o crime visando justamente à obtenção desses valores.

O Centro de Inteligência, após modernas técnicas de investigação, conseguiu identificar que, após o recebimento do resgate, os criminosos realizaram múltiplas transferências para mais de cento e vinte endereços distintos na própria blockchain, na tentativa de ocultar a origem dos valores. A manobra, no entanto, não impediu o rastreamento dos criptoativos e a identificação dos criminosos.

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Segundo informações dois mandados de prisão estão sendo cumpridos no Condomínio San Francisco Village, esquina das avenidas Portugal e Carlos Eduardo de Gasperi Consoni, no Jardim Botânico, zona Sul de Ribeirão Preto. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto.

Participam da operação 50 policiais civis em 12 viaturas policiais, com apoio do Núcleo de Operações com Criptoativos da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e de agentes do Cybercaeto e do Gaeco Núcleo Ribeirão Preto.

São seis mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão.

Também são cumpridos, simultaneamente, nos estados do Ceará, Tocantins e Maranhão. Este último estado seria o núcleo dos suspeitos, de acordo com as investigações. A operação segue e a matéria será atualizada.