Bandidos fazem a festa no show de Anitta em Ribeirão Preto: Onda de furtos expõe falha na segurança e impunidade
O tão esperado show “Ensaios da Anitta”, realizado no último domingo (26) no Estádio do Comercial, em Ribeirão Preto, virou um pesadelo para os fãs. Em vez de curtirem a apresentação, pelo menos 85 pessoas foram vítimas de uma onda de furtos e roubos de celulares dentro do evento. A falta de segurança no local gerou revolta entre o público, que criticou a organização e a vulnerabilidade diante da ação criminosa.
O que era para ser um espetáculo se transformou em um golpe arquitetado. Relatos apontam que, após os furtos, os criminosos passaram a entrar em contato com as vítimas, se passando por operadoras de telefonia e sistemas de segurança, na tentativa de obter senhas e dados pessoais. Em alguns casos, os ladrões chegaram até a ameaçar as vítimas, exigindo que removam suas contas dos aparelhos roubados, o que só aumenta a indignação.
A situação foi ainda mais traumática para quem veio de outras cidades. Sem seus celulares, muitos ficaram sem comunicação para chamar transporte por aplicativo, manter contato com amigos ou até mesmo com guias de excursões. O evento, que deveria ser uma celebração pré-carnaval, expôs o total descaso das autoridades com a segurança da população.

Juiz critica impunidade e responsabiliza Lula pela relativização do crime
A onda de furtos em eventos e grandes cidades não acontece por acaso. O juiz José Gilberto Alves Braga Júnior, da comarca de Jales (SP), foi direto ao ponto ao converter a prisão em flagrante de um acusado de furto de celular. Segundo ele, esse tipo de crime tem sido “relativizado” por ninguém menos que o próprio presidente da República.
“Talvez o furto de um celular tenha se tornado prática corriqueira na capital, até porque relativizada essa conduta por quem exerce o cargo atual de presidente da República, mas para quem vive nesta comarca, crime é crime”, escreveu o magistrado.
A fala do juiz faz referência a declarações de Lula, que em outras ocasiões tentou justificar o aumento da criminalidade associando-o à pobreza. “O cidadão teve acesso a um bem material, a uma casinha, a um emprego, e de repente o cara perde tudo. Então, vira uma indústria de roubar celular. Para que ele rouba celular? Para vender, para ganhar um dinheirinho”, disse o presidente.
Enquanto a alta cúpula do governo trata o crime como algo “compreensível”, a população segue refém da insegurança. O juiz de Jales, em sua decisão, citou até mesmo a Bíblia para reforçar seu posicionamento. “Os Dez Mandamentos, esculpidos nas Tábuas das Leis, formam uma das mais conhecidas passagens bíblicas. Além de regras pra vida, trazem dois crimes cruciais para a humanidade: não matarás (homicídio); não furtarás (furto)”, registrou.
Ribeirão Preto, como tantas outras cidades do Brasil, já sente os efeitos dessa impunidade. O show de Anitta é apenas mais um exemplo do que acontece quando o crime se torna “normalizado” e a população fica desprotegida.
✍️ JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP – Em Ribeirão, 10 anos tocando em feridas que são escondidas pela velha mídia.
“Enquanto os criminosos fazem a festa, os cidadãos pagam o preço da omissão. Até quando o Brasil será um paraíso para ladrões?”
