Uma tragédia de brutalidade abala Ribeirão Preto. Gustavo Jailton Gonçalves, de 43 anos, foi preso sob acusação de torturar sua esposa grávida de oito meses e espancar a enteada de apenas 7 anos por três dias consecutivos. O caso chocante ocorreu no bairro Ipiranga, zona Norte da cidade.
A mulher relatou detalhes estarrecedores das agressões que suportou antes de conseguir escapar e pedir ajuda aos vizinhos. “Há três dias ele estava me agredindo verbalmente e fisicamente e me mantinha trancada dentro de casa. Ele me deu soco na cara, murros, jogou água quente, colocou xilocaína na minha boca e olhos, me bateu com um fio enrolado na mão”, disse a vítima. O agressor chegou a usar um alicate para tentar quebrar o dedo dela e também a queimou com cigarros. A mulher, às vésperas do parto, temia por sua vida e pela de sua filha.
A enteada de Gustavo, uma menina de 7 anos, também foi vítima da violência insana. De acordo com o depoimento da mãe, a criança teve os dentes quebrados e sofreu agressões graves por todo o corpo. “Ele tentou enforcar minha filha achando que ela tinha um foninho de ouvido na garganta. Ele enfiou o dedo na garganta dela, quebrou o dente dela e deu tapa na cara”, relatou a mãe com voz trêmeula.
Ameaças e Tortura Preçedidas por Violação e Cárcere
Os horrores não pararam por aí. A vítima, além de ser agredida fisicamente, foi ameaçada de morte com uma faca e forçada a ter relações sexuais sob coerção. Gustavo chegou a afirmar que retiraria a criança de sua barriga. Em mais um ato cruel, ele raspou o cabelo da esposa e a queimou com um ferro de passar roupa.
Quando as autoridades chegaram à residência, encontraram uma panela de água fervente no fogão — um indício de que Gustavo planejava continuar as agressões. O homem foi localizado alguns metros à frente da casa e, ao ser preso, negou os atos e riu cinicamente.
A mãe e a menina foram encaminhadas para uma unidade de pronto atendimento, onde receberam cuidados médicos. Gustavo Jailton Gonçalves está preso e deve responder por sequestro, cárcere privado, lesão corporal e ameaça.
Revolta e Pedido de Justiça
O caso gerou comoção e revolta em Ribeirão Preto. Movimentos de defesa dos direitos das mulheres e crianças clamam por justiça e pela segurança das vítimas. Este crime brutal destaca a urgência de reforçar mecanismos de proteção e suporte para vítimas de violência doméstica.
JORNALISTA AIELLO
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