Advogados e funcionários públicos faziam esquema de multas. E tem vereador envolvido

Advogados e ex-funcionário público de Ribeirão Preto são condenados por estelionato e corrupção: Promotoria revelou esquema envolvendo certidões de multas de trânsito

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Radares móveis nas avenidas de Ribeirão Preto
Radares móveis nas avenidas de Ribeirão Preto hoje / Foto: Divulgação

Advogados e ex-funcionário público de Ribeirão Preto são condenados por estelionato e corrupção: Promotoria revelou esquema envolvendo certidões de multas de trânsito

A 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto condenou nesta terça-feira (12/4) três advogados (que também são réus em várias outras ações por integrarem uma organização criminosa) e um ex-funcionário da Prefeitura de Ribeirão Preto pela prática de estelionatos e corrupção ativa e passiva. 

A sentença acolheu a denúncia da Promotoria de Justiça de Ribeirão Preto no âmbito da Operação Temis, deflagrada em janeiro de 2018, após dois anos de investigação feita pela própria Promotoria de Justiça. 

foto arquivo

Os advogados cooptaram um funcionário da prefeitura que era responsável por emitir certidões de multa de trânsito e passou a receber ilicitamente R$ 1,00 por certidão emitida, sem que fosse exigido dos advogados procuração para os devidos fins.

Com a certidão, os advogados distribuíram ações judiciais sem o conhecimento e autorização das pessoas que figuravam como autores dos processos, com o objetivo de receber os valores das multas, que não foram devolvidos para os autores, e principalmente, a sucumbência, em valores que poderiam chegar a R$ 900.000,00.

Os líderes da organização criminosa foram condenados a penas que variam de 15 a 17 anos de prisão em regime fechado, enquanto o ex-funcionário da prefeitura recebeu uma pena de seis anos, 11 meses e 26 dias de reclusão em regime semiaberto.

Os advogados ainda respondem a outros seis processos pela prática dos crimes de organização criminosa, estelionatos, falsidade ideológica, quebra de sigilo bancário e crimes eleitorais, estes em coautoria com um vereador e dois funcionários da Câmara Municipal de Ribeirão Preto.

Foram condenados os advogados Klauss Philipp Lodoli. Gustavo Caropreso Soares de Oliveira e Ricardo Zapparoli Andarolo (conhecido como Ricardo Zapparoli Corbani) e o ex-servidor Renato Rosin Vidal.



Ação de número 0032142-33.2019.8.26.0506.