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Resumo:
A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram uma operação para investigar o desvio de recursos públicos do SUS em Ribeirão Preto e outras cidades. O esquema envolvia contratos superfaturados, empresas falsas e “laranjas”, com o dinheiro sendo dividido entre empresários, diretores e agentes políticos. A operação cumpre 16 mandados de busca e apreensão, bloqueio de bens e medidas contra os responsáveis.
Sistema de saúde em caos: corrupção na mira da Polícia Federal
Não é surpresa que a saúde pública de Ribeirão Preto esteja em colapso. Enquanto pacientes aguardam meses por consultas e procedimentos, a corrupção suga os recursos que poderiam salvar vidas. Na manhã desta terça-feira (17), a Polícia Federal (PF), em conjunto com a Receita Federal (RF) e apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou uma operação contra uma organização criminosa responsável por desvios milionários no Sistema Único de Saúde (SUS).
A operação acontece em Ribeirão Preto, São Paulo e Santa Isabel, com o objetivo de:
- Identificar agentes políticos envolvidos;
- Localizar bens ocultos;
- Investigar os responsáveis por superfaturar contratos públicos com o SUS.
Esquema criminoso: contratos superfaturados e “laranjas”
De acordo com as investigações, o grupo fraudava contratos usando empresas falsas e “laranjas”, ou seja, pessoas usadas para esconder os verdadeiros beneficiários do esquema. O esquema operava da seguinte forma:
- Contratos duplicados e superfaturados: mais de um contrato era assinado para o mesmo serviço, com valores elevados além do necessário.
- Empresas do mesmo grupo: as licitações eram manipuladas, garantindo que os serviços médicos fossem repassados para empresas “amigas”.
- Lavagem de dinheiro: os recursos desviados eram mascarados através de operações financeiras complexas e bens ocultos.
O dinheiro que deveria garantir remédios, médicos e equipamentos foi, segundo a PF, dividido ilegalmente entre empresários, diretores da organização social e agentes políticos.
Investigações e punições em andamento
As autoridades cumpriram 16 mandados de busca e apreensão, envolvendo 63 policiais federais, além de bloqueios de valores, sequestro de bens e proibição de contratos com o poder público para os envolvidos.
Entre os crimes investigados estão:
- Fraude à licitação
- Associação criminosa
- Lavagem de dinheiro
- Corrupção ativa e passiva
- Peculato (desvio de recursos por parte de funcionários públicos)
Até o momento, os nomes dos envolvidos não foram divulgados, mas a expectativa é que as próximas fases da operação tragam à tona os criminosos responsáveis pelo colapso do sistema de saúde e, consequentemente, por mortes evitáveis.
Saúde em risco, vidas perdidas
A corrupção na saúde é um crime que pesa diretamente sobre os ombros dos mais pobres, que dependem do SUS para sobreviver. Enquanto milhões são desviados, pacientes agonizam nas filas, hospitais sofrem com a falta de estrutura e o poder público se mostra ineficiente em fiscalizar esses esquemas.
Quem perde com isso? A população trabalhadora, os doentes, os idosos e as crianças.
Quem ganha? A velha elite corrupta que se alimenta do sofrimento do povo.
Motivação Final:
Se quisermos uma saúde digna, precisamos cobrar transparência, eficiência e moralidade na gestão pública. Chega de impunidade: a verdade precisa vir à tona, doa a quem doer!
ASSINATURA: JORNALISTA AIELLO A VERDADE DOA A QUEM DOER