🔪 Homem morre em confronto após agredir companheira; é o 11º caso de letalidade policial em 2025 na cidade
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Na noite de segunda-feira (13), mais um homem perdeu a vida em confronto com a Polícia Militar em Ribeirão Preto. O caso ocorreu na rua Constituição, Vila Tibério, após denúncia de violência doméstica. Armado com uma faca, o suspeito — que já tinha histórico de agressões contra a companheira — ignorou ordens para largar a arma, avançou contra os policiais mesmo após ser atingido por taser (arma não letal) e foi alvejado por disparos de fogo. Morreu no local.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP/SP) confirmou a ocorrência e informou que, além da faca, entorpecentes foram apreendidos com o homem. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, com investigação sob responsabilidade da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e acompanhamento da Corregedoria da PM.
📉 Letalidade em alta: 11 mortes em 10 confrontos em 2025
Este foi o 11º registro de letalidade policial em Ribeirão Preto neste ano — ou 12 mortes, se considerarmos o caso do PM de folga que matou um assaltante no Centro da cidade em setembro. Entre 3 de julho e 13 de outubro, foram 6 mortes em operações da PM (7 com o caso do policial civil).
Os últimos episódios incluem:
- 5/10: Bruno Ferreira dos Santos, 27 anos, em situação de rua, morto no Centro após supostamente desarmar um PM;
- 6/10: Homem armado, escondido em barraco na Vila Virgínia, morto em operação policial;
- 13/10: Agressor doméstico, armado com faca, morto após investir contra PMs.
🗣️ Sociedade civil reage: “Abordagens estão violentas demais”
Diante do aumento da letalidade, entidades de direitos humanos convocaram uma reunião emergencial com o Comando do CPI-3 nesta quarta-feira (15). Participarão:
- Associação Arco-Íris RP (que assistia Bruno Ferreira);
- OAB Ribeirão Preto – Comissão de Direitos Humanos;
- Ong Vitória Régia;
- Conselho Municipal da Diversidade Sexual.
Entre as pautas:
- Investigação rigorosa dos casos recentes;
- Revisão dos protocolos de abordagem, especialmente em regiões como a Vila Tibério, onde travestis e transexuais relatam abordagens abusivas;
- Capacitação da PM para lidar com populações vulneráveis: pessoas em situação de rua, usuários de drogas, comunidade LGBTQIA+.
“Em menos de um mês, cinco mortes. A taser não para ninguém? Isso não tem cabimento”, questiona Douglas Campos Marques, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.”
🛡️ O que diz a SSP?
A Secretaria afirma que todos os casos de Morte Decorrente de Intervenção Policial (MDIP) são apurados rigorosamente, com acompanhamento do Ministério Público e Judiciário. Também destaca investimentos em:
- Capacitação do efetivo;
- Equipamentos de menor potencial ofensivo;
- Atualização de protocolos operacionais.
Mas a pergunta permanece: por que tantos confrontos terminam em morte, mesmo com uso de armas não letais?
Mais um morto em confronto com a PM em Ribeirão Preto: 11 casos em 2025. Entenda o caso da Vila Tibério, a reação da sociedade civil e os questionamentos sobre letalidade policial.
🇺🇸 English Summary (Journalistic Style)
Ribeirão Preto recorded its 11th police-related fatality of 2025 after a man died in a confrontation with military police during a domestic violence call. Armed with a knife, he charged officers despite being hit by a Taser. Civil society groups are demanding urgent reforms, citing excessive force—especially against vulnerable populations like the homeless and LGBTQIA+ community. A high-stakes meeting with regional police command is set for Wednesday as public concern grows over rising lethal interventions.
💬 Conclusão: Segurança não pode ser sinônimo de morte
Proteger vidas — todas as vidas — é o verdadeiro papel da segurança pública. Que cada morte em confronto seja investigada com rigor, transparência e humanidade. Porque nenhum cidadão deve ser reduzido a um “CPF cancelado”, e nenhuma família deveria perder um ente querido sem que todas as circunstâncias sejam esclarecidas com justiça.
Mais do que tiros, precisamos de diálogo, prevenção e políticas públicas que evitem que cenas de violência se repitam — dentro ou fora das casas.
JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP
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