🎨🌿 “Paisagem, mero artifício”: mostra inédita no MARP de Ribeirão Preto desafia o olhar sobre natureza, território e intervenção humana!

Aline Moreno e Corina Ishikura expõem pinturas, esculturas e vídeos que questionam: até que ponto a paisagem é real — ou apenas construção?

0
573

Aline Moreno e Corina Ishikura expõem pinturas, esculturas e vídeos que questionam: até que ponto a paisagem é real — ou apenas construção?

👉 Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.

De 7 de novembro a 19 de dezembro — com reabertura entre 6 e 16 de janeiro de 2026 — o MARP (Museu de Arte de Ribeirão Preto) recebe a exposição “Paisagem, mero artifício”, das artistas paulistas Aline Moreno e Corina Ishikura, com curadoria de Marina Frúgoli e curadoria institucional de Nilton Campos. A abertura acontece na sexta-feira, 7/11, às 19h30, com entrada gratuita, e apresenta 16 obras em pintura, escultura, instalação e vídeo — sendo cinco inéditas — todas contempladas pelo PROAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo).


🗺️ Entre mapas, montanhas e memórias: a paisagem como ideia em construção

A exposição propõe um olhar crítico e expandido sobre a paisagem, entendida não como cenário passivo, mas como produto de gestos humanos, políticas territoriais e algoritmos. As artistas exploram:

  • Fragmentos geológicos vs. imagens totais (Aline Moreno)
  • Cartografias urbanas, satélites e dados reconfigurados (Corina Ishikura)
  • Materiais como madeira, carvão, cinzas, pedra e tinta a óleo como metáforas de extração, tempo e resistência

“A pedra é fragmento; a montanha, imagem de conjunto. Interessa tensionar essas escalas”, diz Aline Moreno, que pinta diretamente sobre madeira e cria relevos a partir de simulações topográficas.

Corina Ishikura parte de imagens aéreas e mapas urbanos para revelar “as ausências que mostram como ocupamos o território” — usando carvão e cinzas como testemunhos materiais da transformação do meio ambiente.


🖼️ Diálogo visual sem fronteiras autorais

As obras não estão separadas por autoria. Pelo contrário: instalações, pinturas e esculturas de ambas as artistas convivem lado a lado, criando “encontros formais e choques de escala”, nas palavras da curadora Marina Frúgoli. O visitante é convidado a percorrer a sala como quem atravessa um território — entre horizontes multiplicados, cortes verticais e planos urbanos desfeitos.


📚 Um livro para ampliar o debate

O projeto inclui a produção de um livro-catálogo intitulado “Paisagem, mero artifício”, com previsão de lançamento no início de 2026. Mais que um registro, a publicação trará entrevistas, ensaios críticos e fotográficos, expandindo a reflexão sobre arte, ecologia e ocupação do espaço na contemporaneidade.


🎨 Oficinas gratuitas antecipam a exposição

Antes mesmo da abertura, o MARP promoveu duas oficinas gratuitas e sem inscrição no dia 1º de novembro:

  • 9h às 12h: com a artista visual Adriana Amaral
  • 13h às 15h: com a artista plástica Cristina Aliperti

Ambas buscaram aproximar o público da ideia de paisagem como prática criativa e política.


💡 E o apoio público à arte contemporânea em Ribeirão Preto?

Embora a exposição seja viabilizada pelo PROAC estadual, é impossível não questionar: por que a Prefeitura de Ribeirão Preto e a Câmara Municipal não criam editais locais sustentáveis para produção artística crítica e experimental?

Sugestões:

  • Criar um “Fundo Municipal de Arte Contemporânea” com recursos próprios
  • Incluir escolas públicas nas visitas mediadas ao MARP
  • Garantir transporte gratuito para comunidades periféricas durante exposições de impacto social


Exposição “Paisagem, mero artifício” no MARP de Ribeirão Preto reúne Aline Moreno e Corina Ishikura em debate sobre natureza, cartografia e artifício. Entrada gratuita.


English Summary (American journalistic style):
From November 7, Ribeirão Preto’s MARP museum presents “Landscape, Mere Artifice,” a thought-provoking exhibition by São Paulo artists Aline Moreno and Corina Ishikura. Blending painting, sculpture, video, and installation, the show interrogates how human intervention, data, and memory shape what we call “landscape.” Curated by Marina Frúgoli and funded by São Paulo’s PROAC program, the exhibition—free to the public—challenges viewers to rethink ecology, urban sprawl, and the illusion of untouched nature. A companion book is set for early 2026.


Conclusão motivacional:
Em tempos de crise ambiental e apagamento de memórias territoriais, exposições como essa nos lembram que olhar não é apenas enxergar — é questionar, sentir e reimaginar. Que cada visita ao MARP seja um passo em direção a uma relação mais consciente, respeitosa e criativa com o mundo que habitamos.

foto arquivo

Lista de obras
Aline Moreno

•        Sem título #2, série Multiplicador de horizontes (2025) — tinta a óleo sobre madeira, conjunto 102 × 142 cm e 26 × 17 cm.  

•        Sem título #7, parte 1, série Paisagem construída (2025) — tinta a óleo e gesso cré sobre madeira, 96,5 × 115 cm.

•        Sem título (2024) — madeira, papelão, fibra de vidro, massa plástica, massa corrida e tinta spray, 91 × 50 × 58,5 cm.

•        Sem título (2022) — madeira, papelão, gesso, massa corrida e tinta spray, 60 × 36 × 37 cm.

•        Sem título (2022) — madeira, papelão, gesso, massa corrida e tinta spray, 73 × 35 × 27 cm.

•        Sem título #7, parte 1, (série Deslocamentos (2024) — madeira e pedra, 30 × 34 × 4,3 cm.

•        Sem título #7, parte 2,  série Deslocamentos (2024) — madeira e pedra, 30 × 34 × 4,3 cm.

•        Sem título #7, parte 3, série Deslocamentos(2024) — madeira e pedra, 34 × 30 × 4,3 cm.

Corina Ishikura

•        Dobra expandida (2025) — madeira, 460 x 200 x 50 cm

•        O que sustenta o céu (2025) — madeira, 200 × 150 cm.

•        Dado indisponível (2025) — tinta a óleo sobre madeira, 100 × 250 cm.

•        O mundo cabe nesta janela (2024) — vídeo-arte, 4’15’’.

•        Sem título, série A poética do espaço II (2025) — óleo e carvão sobre tela, 20 × 70 cm.

•        Sem título, série A poética do espaço II (2025) — tinta a óleo sobre tela, 40 × 40 cm (2 obras).

•        Seis elementos (2025) — carvão, madeira e metal, 100 × 100 × 100 cm

JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP
Em Ribeirão – mais de 10 anos tocando em feridas que são escondidas pela velha mídia.
Quer fazer denúncias, sugestões ou entrar em contato com editores do portal?
Chame no link abaixo e informe sua intenção.
Obs.: Apenas mensagens de texto.
👉 https://wa.me/5516997944016