A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) divulgou uma lista com 20 nomes de treinadores escolhidos a dedo no País para um projeto de capacitação que será realizado no Japão no ciclo olímpico de 2017 à 2020. E o ribeirão-pretano Cléber do Carmo figura entre no seleto grupo.
Os moldes do projeto foram definidos em conjunto pelo Ministério do Esporte, CBJ, Instituto Kodokan do Brasil e a embaixada japonesa. Os professores participarão de um curso anual no Japão, a começar pelo período de 8 de setembro até 2 de outubro de 2017, data em que será realizada a primeira etapa.
Posteriormente, com os conhecimentos adquiridos, os profissionais terão a missão de compartilhar as experiências com outros instrutores e implantar um currículo da modalidade em escolas públicas brasileiras. Os 20 escolhidos participarão da última etapa de seleção: uma entrevista com a Embaixada do Japão e o Ministério do Esporte.
Todos os professores são mestres em judô e possuem fluência, ou em inglês ou em japonês. Após o período de cursos e aprendizado no berço do judô mundial, eles terão a missão de apresentar uma proposta curricular para aulas da modalidade em escolas públicas brasileiras, a partir de adaptações do modelo observado na grade das escolas japonesas.
Vale ressaltar ainda que todos os custos de viagens e hospedagens serão arcados pelo governo japonês, cujo objetivo é estender o programa até 2020, ano dos Jogos Olímpicos em Tokyo, para que, até lá, outros professores tenham a oportunidade de adquirir experiência dentro das universidades.
Além de Cléber do Carmo, foram escolhidos: Abdias Queiroz (PI), Ademir Schultz Júnior (SC), André Fernandes (MG), Bruno Pasqualoto (SP), Fabiano Zamboneti (SC), Joseph Kleber Guilherme (GO), Julio César Ferreira (MT), Luiz Bayard (RS), Thiago Valdão (SP), Maicon França (BA), Raphael Luiz Moura (SP), Renato Yoshio Kimura (SP), José Gildemar Carvalho (SP), Uichiro Umakakeba (SP), Clovis Aparecido (SP), Claudio Calazans (SP), Nicodemos Filgueiras Júnior (SP), Joji Kimura (SP) e Rafael de Camargo (SP).
“É algo muito grande, e é uma honra ter sido escolhido pela Confederação Brasileira de Judô para um projeto como esse, no berço do judô mundial. Afinal, fui selecionado entre os melhores professores do país. Só em São Paulo temos aproximadamente 3,5 mil técnicos de judô. Imagina no resto do país? Será uma experiência muito agregadora para minha vida, tanto no aprendizado, quanto posteriormente, no momento de compartilhar com outros instrutores e dar sequência ao projeto em solo brasileiro”, afirmou Cléber.
Além da prática do esporte em si, a iniciativa tem como principal meta mostrar como usar o judô para o desenvolvimento da educação brasileira, com ênfase nas contribuições do esporte para a formação humana. Até por isso os professores devem compartilhar as experiências vivenciadas no Japão com outros educadores no Brasil para, aí sim, adequar à realidade do país.