Sessões de Contação de Histórias narram textos de Maria Clara Machado

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A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto apresenta durante a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, sessões de Contação de Histórias de Maria Clara Machado – autora infantojuvenil homenageada desta 16ª edição – sucesso entre crianças e adolescentes. A programação acontece no Teatro Marista (de 13 a 17/06, às 8h30, 10h, 14h15, 15h30); e também nos espaços montados na Praça Carlos Gomes: Arena Cultural Maria Clara Machado (de 13 a 17/06, sempre às 15h30) e na Brinquedoteca (12 a 19 de junho – de hora em hora). Também haverá salões de ideias sobre a autora. Todas as atividades são abertas e gratuitas.

As atividades que serão realizadas na Arena Cultural Maria Clara Machado foram criadas a partir da aprovação do Edital de Apoio ao Circuito Nacional de Feiras de Livros e Eventos Literários, que atende aos princípios e diretrizes do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL).

O edital tem ênfase no fomento de um calendário nacional e permanente de feiras de livros e eventos literários e visa ampliar o acesso ao livro e à leitura nos municípios brasileiros, bem como promover, valorizar e difundir a literatura brasileira e a circulação de autores e obras com ênfase na bibliodiversidade.

Outros enfoques são: ampliar a oferta de formação e difusão do conhecimento voltada para os profissionais que atuam no setor (escritores, ilustradores, editores, livreiros, mediadores, bibliotecários, dentre outros); estimular a formação do leitor e práticas de leitura e contribuir com a sustentabilidade econômica de profissionais, pequenas e médias editoras e livrarias, dentre outros empreendimentos do setor.

Segundo a presidente da Fundação do Livro e Leitura (entidade organizadora da Feira), Adriana Silva, poder ofertar uma programação voltada para crianças com profissionais do universo da Contação de Histórias é uma possibilidade de abrir as portas da feira para o encantamento, para a descoberta do prazer pela leitura, “de forma a contribuirmos para um processo educacional mais justo e igualitário, através da formação complementar intelectualizada”, destaca.
Para aprovar a ação voltada para o público infantil da 16ª Feira do Livro, o edital priorizou fatores como a democratização do acesso: fomento à leitura e formação de mediadores; a valorização institucional da leitura e incremento de seu valor simbólico; o desenvolvimento da economia do livro (programação destinada a promover a participação de autores locais e de outras regiões). “A Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto atende a todos os requisitos analisados e foi aprovada em primeira instância e sem ressalvas pelo Ministério da Cultura”, completa a presidente da entidade.

É a primeira vez que a Feira utiliza o edital para aprimorar o desenvolvimento das atividades infantis Mais sessões de Contação de Histórias – A atriz Tânia Alonso é quem estará à frente da contação no Teatro Marista e atriz Patricia Mattioli vai receber diariamente o público infantil para também interpretar histórias de Maria Clara Machado, na Brinquedoteca, e na Arena Cultural Maria Clara Machado, instaladas na Praça Carlos Gomes.

As crianças, os pais e os fãs das histórias infantis poderão interagir com as contadoras de histórias, que utilizam uma forma lúdica para despertar o interesse das crianças pela leitura e pelo universo criativo de Maria Clara Machado.

“A intenção da Fundação do Livro e Leitura é fazer com que as crianças conheçam essas histórias infantis brasileiras, se encantem com elas e despertem o interesse pela leitura. Esta é uma oportunidade gratuita de se ter acesso a esse tipo de literatura, através de apresentações teatrais”,

explica Adriana Silva.
Também haverá nos dias 12, 17, 18 e 19, na Brinquedoteca, participação dos alunos do curso de Pedagogia do Centro Universitário Estácio Uniseb. Eles realizarão rodas de leitura, oficina de reescrita de contos da escritora Maria Clara Machado e contação de histórias.

Mais sobre a obra da autora infantojuvenil homenageada – Como parte da programação prevista pelo Edital de Apoio ao Circuito Nacional de Feiras de Livros e Eventos Literários, a feira também promoverá salões de ideias com contação de histórias. Um deles será com a escritora de Monte Azul Paulista, Rose Lee. Ela é membro da ARL (Academia Ribeirãopretana de Letras, pedagoga e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional. Tem quatro livros infantis publicados: “Zooletrando de A a Z”, “Essa Tal Ortografia”. “Construindo a Identidade” e “Borboletinha Encantada”. A autora assina a coluna “Rabiscos Urbanos” e o espaço “Sobre Leitura e Literatura” no Jornal “A Comarca”, de Monte Azul Paulista.

Maria Clara Machado – A escolha da obra de Maria Clara Machado para as contações de histórias se deve à homenagem que a escritora recebe nesta 16ª edição da Feira do Livro, como autora infantojuvenil. Escritora e dramaturga brasileira é autora de famosas peças infantis e fundadora do Tablado, escola de teatro do Rio de Janeiro. Maria Clara Machado é considerada a maior autora de teatro infantil do país, escreveu quase 30 peças infantis, livros para crianças e três peças para adultos.

A escritora nasceu na cidade de Belo Horizonte, capital mineira, no dia 3 de abril de 1921e tornou-se famosa por suas criações e transformações na esfera dramatúrgica direcionada para crianças e pela condução de O Tablado, escola voltada para a produção teatral, frequentada por inúmeras personalidades do teatro carioca.
Na sua infância, ela já esboçava tendências para a vida artística ao divertir os amigos do pai, o autor Aníbal Machado. Nestes momentos de diversão, ela até mesmo atuou ao lado de Tônia Carreiro. Sua formação no universo da arte se deu em Paris, quando cursou o Education par Les Jeux Dramatiques, em 1951, depois de ganhar uma bolsa de estudos oferecida pelo governo da França para novos talentos com dotes intelectuais.
Mais tarde, seu dom para trabalhar com crianças a levou a criar, em 1951, depois de uma tentativa fracassada no Patronato da Gávea, onde trabalhava, um grupo de amadores, com o objetivo de representar peças para a comunidade local sem ter que recorrer aos habitantes do bairro. Nasceu assim o Teatro Tablado.

Neste período, ela se dividiu entre as carreiras de atriz e de encenadora. Em 1953, dirigiu a sua primeira produção infantil, “O Boi e o Burro a Caminho de Belém”, que narra de uma forma diferente o nascimento de Jesus. Com uma de suas mais famosas criações, “Pluft, o Fantasminha”, de 1955, a artista conquistou os prêmios Saci e Associação de Críticos de São Paulo. Este foi seu maior sucesso, com diversas outras montagens.

A partir daí, a artista não parou mais de criar, concebendo assim mais de 25 peças, entre elas: “O cavalinho azul”; “A bruxinha que era boa”; e “A menina e o vento”. Outra história que conquistou o público infantil com uma interpretação distinta da tradicional é “O Chapeuzinho Vermelho”, de 1956, que apresenta um lobo simultaneamente mau e covarde, uma vovó serelepe e árvores animadas.

Em “A bruxinha que era boa”, de 1958, Maria Clara discorre sobre a liberdade. Já em 1960 nasceu outra de suas obras-primas, “O Cavalinho Azul”, que mostra um garoto que navega pelo Planeta à procura de um cavalo completamente azul. Na década de 50, ela tanto encenou quanto interpretou peças para adultos, em trabalhos como “A Sapateira Prodigiosa”, do espanhol Federico García Lorca, de 1953.

Nos anos 60, criou-se em torno do Tablado um círculo de fãs infantis e adultos, sempre à espera de seu próximo trabalho. Ela continuou igualmente a interpretar e encenar. Na década de 70, Maria Clara conquistou o prêmio Personalidade da editora Global e suas criações foram traduzidas para outros idiomas e representados em diversos países, entre eles a Alemanha e os EUA.

Nos anos 80, as peças “O Dragão Verde”, de 1984, e “O Gato de Botas”, de 1987, lhe conferiram o Prêmio Mambembe de melhor autora. Em 1983 foi a vez do Tablado ser homenageado com o Prêmio Molière de incentivo ao teatro infantil.

Na década de 90, a artista conferiu a encenação de seus trabalhos ao diretor Cacá Mourthé. Sua derradeira criação teatral foi elaborada em 2000, “Jonas e a baleia”. Nesta peça Maria Clara faz uma nova versão da narrativa bíblica ao lado de Cacá Mourthé. No dia 30 de abril de 2001 ela morreu aos 80 anos, vítima do linfoma de Hodgkin, uma espécie rara de câncer que afeta o sistema imunológico.
(Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Clara_Machado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Laban
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=795)

A 16ª edição da Feira Nacional do Livro de Ribeirão, como em todos os anos, faz homenagem a um país. feira_do_livro_contacao_1006_(1)_divulgacaoDesta vez é a Colômbia, considerado o país das bibliotecas. Quanto aos escritores celebrados, a premiada Lygia Fagundes Telles é a escritora do ano, atual membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia das ciências de Lisboa.
Na categoria infantojuvenil, a autora homenageada é Maria Clara Machado, escritora e dramaturga de sucesso entre crianças e adolescentes. O filósofo, escritor e educador Mario Sergio Cortella é o destaque na categoria autor educação e a premiada Rita Mourão, atual integrante da Academia Ribeirãopretana de Letras, é a homenageada na categoria autor local. Como patrono, a Feira indicou o empresário e Fundador do Grupo Rodonaves, João Naves.
Realização – O Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto apresentam a 16ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto com Patrocínio Ouro do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Serviço
Contação de Histórias de Maria Clara Machado – ações previstas pelo Edital de Apoio ao Circuito Nacional de Feiras de Livros e Eventos Literários
Locais:
Teatro Marista
Quando: De segunda a sexta-feira (12 a 17/06)
Horários: 8h30, 10h, 14h15 e 15h30
Brinquedoteca na Praça Carlos Gomes
Quando: De 13 a 17/06
Horários: De hora em hora