Você sabe a história e motivo do feriado de 9 de julho?

0
861

No dia 09 de julho, São Paulo comemora a Revolução Constitucionalista de 1932.
A data, transformada em feriado civil em 1997, marcou o início de um dos principais episódios da história do estado. Sua importância está evidente em toda a cidade: duas avenidas carregam nomes que remetem à revolta (9 de julho e 23 de maio) e monumentos dos soldados constitucionalistas em frente ao teatro Pedro II.

Desde 1997 é lei: todo dia 9 do mês de julho é feriado civil no Estado de São Paulo. O motivo? A celebração da data magna do Estado, em memória ao dia em que o povo paulista pegou em armas para lutar pelo regime democrático no País, deflagrando a Revolução Constitucionalista de 1932.

A empreitada militar paulista foi mal sucedida: as tropas do estado perderam a guerra, sufocadas pela superioridade numérica e técnica do exército brasileiro. Mas sua luta não foi completamente em vão: dois anos depois, em 1934, o governo central promulgava uma nova constituição, mostrando que a revolta conseguira, ainda que tardiamente, atingir seu principal objetivo declarado.

Mas o impacto da Revolução de 32 não se restringiu apenas ao campo da política: o levante foi também um dos principais marcos da formação da identidade paulista. Apoiada na ideia de que o estado é o “carro chefe” da nação, as elites locais aproveitaram o sentimento de união gerado pela revolta para reforçar seu discurso sobre o suposto “espírito” do povo de São Paulo. Dessa forma, elementos que vinham sendo construídos havia anos – como as ideias de pioneirismo e nobreza paulista – foram reforçados pelo poder ideológico da Revolução.

No centro da cidade um monumento em homenagem aos soldados mortos.
Face frontal: inscrição em baixo relevo: “À EPOPÉIA DE 1932”.
placa: “GLÓRIA AOS HERÓIS TOMBADOS EM 1932. AUGUSTO FIORDELICE, AYRTON ROXO, HENRIQUE JUNQUEIRA FRANCO, JANUÁRIO DOS SANTOS, JOAQUIM ALVES, JOSÉ DE OLIVEIRA MOREIRA, MARIO FURTADO, NÉLIO BATISTA GUIMARÃES, VALODOMIRO MACHADO. POLA LEY E POLA GREY.

CINQUENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO CONSITUCIONALISTA DE 1932. 9 DE JULHO DE 1982”.

Inicialmente pretendia-se construir, juntamente com a escultura, um mausoléu.
Contudo, a comissão não conseguiu arrecadar verba suficiente, além de ceder à idéia que um túmulo valorizaria excessivamente os mortos em combate e desvalorizaria os que voltaram vivos.