Dá pra acreditar na Black Friday no Brasil? Uma das datas mais importantes do calendário do varejo, a “Sexta-Feira Negra” ainda desperta desconfiança. O tradicional evento consolidado na economia americana, chegou tímido ao Brasil em 2010 mas cresceu exponencialmente de lá pra cá. Mesmo depois de sete anos, 38% dos consumidores revelam que não compram porque não acreditam que os descontos sejam reais. (Fonte: Ebit, empresa de informações sobre o Comércio Eletrônico Brasileiro) Com a consolidação da Black Friday, a tendência é que essa insegurança diminua e a adesão aumente.
A principal reclamação é de que algumas marcas maquiam os preços. Dias antes aumentam os valores dos produtos e, no dia da Black Friday oferecem um suposto desconto em que o preço é igual ou até maior do que o valor não promocional.
Milagre não existe mesmo. Empresas sérias e comprometidas com seus clientes precisam se planejar e criar estratégias para oferecer vantagens reais. A Ikesaki, a maior perfumaria do Brasil, chamou os principais fornecedores como Embelleze, Vult, Taiff, Amend, Kert, Loreal, P&G, Yama, entre outras, para negociar. São aproximadamente 70 nomes. Segundo Edilaine Godoi, responsável pelo marketing digital da marca, foram três meses de conversa. As partes cederam. Abriram mão de uma parte do lucro e o resultado os clientes vão sentir no bolso.
Já estão sentindo. As ofertas estão valendo em toda linha de produtos desde o início de novembro, nas lojas físicas e virtual, canais completamente interligados. Porém tanto no online quanto no offline os destaques são: ofertas imperdíveis como chapinhas de R$ 152,15 por R$ 99 (desconto de 65%), desodorantes de R$ 41,97 por R$ 20,98 (50% de desconto) e kit tesouras de R$ 199,90 por R$ 129,90 (desconto de 65%). Números muito expressivos.
No ano passado o sucesso foi tanto em todos os canais de venda que a rede foi indicada ao prêmio “Black Friday de Verdade”, um reconhecimento pelas melhores práticas e oferta de produtos com preços bem abaixo do mercado na categoria beleza e saúde.
Em 2017, as vendas no ecommerce brasileiro na Black Friday deverão atingir 2,185 bilhões, alta de 15% na comparação com 2016. A estimativa é de o ticket médio seja de R$ 695, aumento de 6,4%. (fonte: Ebit). Muitos consumidores aproveitam a data para adiantar as compras natalinas com parte do 13o salário. O Brasil é o terceiro maior consumidor de produtos de beleza do mundo, atrás apenas da China e Estados Unidos.
Se os brasileiros já costumam se animar com a chegada das sextas-feiras, essa em especial terá bons motivos para comemorar a economia. Será a #TGIF mais barata do ano!