Ribeirão Preto é o município onde se registram os maiores preços para o litro da gasolina desde novembro de 2017, com valores ultrapassando os registrados em nível nacional, com o litro do combustível sendo vendido acima dos R$ 4,00.
É o que mostra o Boletim do Setor Sucroalcooleiro do Ceper/Fundace edição de março de 2018, que traz uma análise dos dados referentes aos preços dos combustíveis veiculares e corrobora a percepção dos consumidores no dia a dia: que os reajustes se tornaram mais frequentes.
“A explicação para o aumento frequente está diretamente ligada às mudanças adotadas pela Petrobras com o objetivo de acompanhar a cotação internacional” explica o pesquisador Luciano Nakabashi, do Ceper/Fundace, coordenador do boletim dos combustíveis.
O levantamento mostra que o preço médio do litro da gasolina vem subindo desde agosto de 2017, estando, desde então, acima de R$ 3,50 nos 11 municípios analisados pelo Ceper (Araraquara, Campinas, Franca, Piracicaba, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sertãozinho, Sorocaba e São Paulo – capital e Ribeirão Preto).
Nos dois primeiros meses de 2018, o preço médio ultrapassou os R$4,00 na maioria dos municípios selecionados. As exceções foram São José dos Campos, com um preço médio, em torno, de R$3,90; Sorocaba, que registrou um preço médio de R$3,99 em janeiro, retrocedendo para R$3,97 em fevereiro e a capital paulista com um preço médio de R$3,95.
Etanol – O preço médio do etanol hidratado, que é o tipo vendido nos postos de combustíveis, também segue uma trajetória de aumento de preços recente. No mês de fevereiro, Ribeirão Preto aparece novamente como uma das cidades com o preço médio mais alto (R$ 2,93), mas ainda assim inferior à média cobrada em Franca e São Carlos, onde o etanol custa em torno de R$ 2,96 o litro.
Na comparação entre janeiro e fevereiro, houve queda do preço médio em Araraquara (R$2,80 para R$2,78); Campinas (R$2,92 para R$2,89); Franca (R$2,97 para R$2,96) e São José do Rio Preto (R$2,88 para R$2,78).
O aumento de preços foi registrado em Piracicaba (R$2,85 para 2,87); São Carlos (R$2,82 para R$2,96); São José dos Campos (R$2,86 para R$2,88), Sorocaba (R$2,85 para R$2,87); São Paulo (R$2,84 para R$2,87) e Ribeirão (R$2,92 para R$2,93).
Margem de lucro – Franca registrou a maior margem de revenda do etanol hidratado (R$0,437), enquanto que São José do Rio Preto apresentou a menor (R$0,245). No município de Sertãozinho, foram verificadas as maiores margens médias de gasolina (R$0,636) e de óleo diesel (R$0,440). São José dos Campos foi o município com a menor margem para gasolina (R$0,347) e Franca, para o óleo diesel (R$0,245).
Ao longo dos últimos três meses, a margem média de revenda (lucro), em nível nacional, aumentou para a gasolina e diminuiu para o etanol. Para o óleo diesel houve queda de Dez./17 para Jan./18 e aumento de Jan./18 para Fev./18.
O Boletim Sucroalcooleiro completo pode ser acessado no site da Fundace neste link:https://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201803_00353.pdf
Ceper – O Centro de Pesquisa em Economia Regional foi criado em 2012 e tem como objetivo desenvolver análises regionais sobre o desempenho econômico e administrativo regional do País. Sua criação reúne a experiência de diversos pesquisadores da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto) da Universidade de São Paulo em pesquisas relacionadas ao Desenvolvimento Econômico e Social em nível regional, a análise de Conjuntura Econômica, Financeira e Administrativa de municípios e Gestão de Organizações municipais, entre outros. A iniciativa de criação do Centro foi dos pesquisadores Rudinei Toneto Junior, Sérgio Sakurai, Luciano Nakabashi e André Lucirton Costa, todos da FEA-RP/USP. Os Boletins Ceper têm o apoio do Banco Ribeirão Preto, Stéfani Nogueira Incorporação e Construção, São Francisco Clínicas, Citröen Independance e CM Agropecuária e Participações.
Fundace – A Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) é uma instituição privada sem fins lucrativos criada em 1995 para facilitar o processo de integração entre a FEA-RP e a comunidade. Oferece cursos de pós-graduação (MBA) e extensão em diversas áreas. Também realiza projetos de pesquisa in company além do levantamento de indicadores econômicos e sociais nacionais regionais.