Provocada pela crise econômica, a Gol Linhas Aéreas a cancela as operações no terminal.
Desde 30 de abril, os dois voos que partiam da cidade com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), e outros dois que faziam a rota inversa foram cancelados.
“Não é um mal da empresa, é um mal do país. As empresas estão desempregando, enxugando custos. No final, sobra para o passageiro. Aumenta o preço das passagens, as promoções diminuem, menos gente vai comprar”,
diz o engenheiro Luis Carlos Machado.
Ele parece ter razão.
Entre janeiro e março, 240.909 passageiros embarcaram ou desembarcaram no Leite Lopes, contra 261.474 no mesmo período de 2015. Já o número de pousos e decolagens caiu 16%, passando de 11,7 mil para 9,8 mil, ainda segundo o Daesp.
“O pessoal evita viajar, passear. Normalmente, se o país estivesse andando normalmente, com certeza teria mais gente viajando. Com o que está acontecendo, todo mundo está evitando gastar”,
afirma o taxista que faz ponto no aeroporto.
Adequação
Em nota, a Gol informou que a decisão de cancelar os voos em operação no Leite Lopes foi baseada em um ajuste entre a oferta e a demanda de passageiros, e tem o objetivo de otimizar a malha aérea da empresa.
“A companhia ressalta que os clientes impactados foram reacomodados em outros voos e tiveram a possibilidade de solicitar o reembolso integral da passagem”,
diz o comunicado enviado à imprensa.
O presidente da Associação das Agências de Viagem de Ribeirão Preto e Região (Avirrp), Evandro Lopes de Oliveira, confirma que, atualmente, existe uma oferta de voos em Ribeirão superior à demanda, o que leva as empresas a operarem com número baixo de passageiros.
“As companhias aéreas estão otimizando a utilização de suas frotas, tentando a recuperação de margens dos negócios. Em 2014, nós tivemos uma redução do valor das tarifas e também há necessidade hoje, em função da crise, de uma otimização dessas tarifas”.