Correios em Crise: De Empresa Lucrativa no Governo Bolsonaro a Possível Insolvência no Governo Lula

Correios em crise: A empresa registrou o maior prejuízo de sua história, de R$ 2 bilhões, e pode entrar em insolvência.

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Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.


Resumo

  • Correios em crise: A empresa registrou o maior prejuízo de sua história, de R$ 2 bilhões, e pode entrar em insolvência.
  • Responsabilidade do governo: O governo Lula culpa o “sucateamento” durante o governo Bolsonaro e a política tributária da “taxa das blusinhas”.
  • Estatais em dificuldades: Além dos Correios, outras estatais, como a Telebrás, também enfrentam sérios problemas financeiros.

A crise dos Correios

A empresa estatal Correios está enfrentando o maior prejuízo de sua história, registrando um déficit de R$ 2 bilhões no período de janeiro a setembro de 2023. Esse valor pode superar o prejuízo recorde de R$ 2,1 bilhões registrado em 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. A situação da empresa é tão grave que, em outubro, os Correios decretaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões, o que inclui o encerramento de contratos e a suspensão de contratações de terceirizados.

A justificativa interna para as medidas é clara: evitar a insolvência da empresa, como descrito em um documento da estatal. O comando dos Correios, sob a liderança do advogado Fabiano Silva dos Santos, conhecido por suas conexões com o grupo de advogados anti-Lava Jato Prerrogativas, vem sendo criticado, principalmente pelo impacto das ações trabalhistas (cerca de R$ 1 bilhão) e pela taxa das blusinhas, implementada durante o governo Bolsonaro, que afetou negativamente a receita da empresa.

A redução da receita projetada para 2024 foi uma medida para tentar mitigar os impactos financeiros, mas o prejuízo histórico ainda é significativo. A queda no volume de encomendas ao Brasil, devido à tributação de compras abaixo de 50 dólares, também contribuiu para o rombo.


Impactos no setor público e outras estatais

Além dos Correios, outras estatais brasileiras também enfrentam grandes dificuldades financeiras. A Telebrás, que foi retirada da lista de privatizações planejadas pelo governo Bolsonaro, acumula dívidas de R$ 200,7 milhões e foi incluída em órgão de proteção ao crédito devido à sua incapacidade de honrar compromissos financeiros.

No acumulado de 2023 até setembro, as estatais brasileiras acumularam um déficit primário recorde de R$ 7,4 bilhões, o pior resultado desde o início da série histórica em 2002. A ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, tentou justificar esses números negativos como resultado de “investimentos estratégicos”, o que tem sido amplamente criticado.


Patrocínios polêmicos e o “Janjapalooza”

Em meio à crise financeira das estatais, a Itaipu Binacional e a Petrobras foram envolvidas em uma polêmica ao financiar o “Janjapalooza”, um festival organizado pela primeira-dama, Rosângela “Janja” da Silva, que recebeu R$ 15 milhões de Itaipu e R$ 18 milhões da Petrobras. O evento, que ocorreu no contexto do G20, gerou críticas, principalmente pelo uso de recursos públicos em uma celebração privada de alto custo.

A Festa da Reconstrução, que ocorrerá no próximo dia 6 de dezembro, será uma celebração dedicada a Janja, com shows de artistas como Maria Rita e Ivo Meirelles, levantando mais questões sobre os gastos públicos em tempos de crise financeira.


Conclusão

A situação das estatais brasileiras sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva é alarmante. Com déficits recordes e ações questionáveis, o país enfrenta uma crise fiscal crescente, que afeta diretamente a administração pública e compromete a confiança na gestão das empresas estatais. A crítica ao governo é cada vez mais forte, especialmente no que diz respeito à gestão e aos gastos públicos questionáveis.


Frase de motivação:

“Em tempos difíceis, a força de um país se revela pela capacidade de aprender com os erros e buscar a verdadeira reconstrução, com responsabilidade e compromisso com o futuro.”

ASSINATURA: JORNALISTA AIELLO