24,5 bi estão “esquecidos” no PIS; veja se você tem direito ao dinheiro

As cotas podem ser sacadas até maio de 2025, mas o prazo do abono termina no fim deste mês.

0
608

Trabalhadores brasileiros têm R$ 24,5 bilhões a receber parados no banco. É um dinheiro de duas fontes diferentes: as cotas do PIS/Pasep e o abono salarial também do PIS/Pasep. Existe um prazo para cada uma dessas fontes.

As cotas podem ser sacadas até maio de 2025, mas o prazo do abono termina no fim deste mês. A diferença entre os dois pagamentos é a seguinte: as cotas do PIS/Pasep podem ser sacadas por quem trabalhou em empresas e órgãos públicos entre 1971 até 1988. Se o cotista morreu, os herdeiros têm direito.

Os recursos podem ser sacados na Caixa Econômica Federal. O abono salarial é pago para quem trabalhou com carteira assinada ou como funcionário público no ano

Para ter direito, é preciso preencher alguns requisitos, como ter recebido em média até dois salários mínimos por mês

O valor pago no abono é de até um salário mínimo (R$ 1.100, em 2021) e varia de acordo com o tempo que a pessoa trabalhou.

Quem trabalha no setor privado pode fazer o saque na Caixa. Servidor público retira no dinheiro no Banco do Brasil.

Os R$ 24,5 bilhões parados no banco estão divididos assim: R$ 22,8 bilhões são de cotas do extinto fundo PIS/Pasep, repassados ao FGTS R$ 1,2 bilhão de recursos do abono salarial não sacados em outros anos R$ 448,4 milhões de abono salarial do atual calendário.

Tire dúvidas sobre os dois pagamentos a seguir. Primeiro o fundo PIS/Pasep: Quem pode ter dinheiro na cota do PIS/Pasep? De 1971 até 1988, as empresas e órgãos públicos depositavam dinheiro no fundo PIS/Pasep em nome de cada um dos seus funcionários e servidores contratados.

Cada trabalhador, então, era dono de uma parte (cota) no fundo. Portanto, quem trabalhou antes de 4 de outubro de 1988 como contratado em uma empresa privada tem uma cota no PIS e quem atuou como servidor público tem uma cota no Pasep.

EM RIBEIRÃO

Esses recursos não têm relação com o abono salarial do PIS/Pasep, que é pago anualmente a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos por mês.

As cotas do PIS eram sacadas na Caixa e as do Pasep no Banco do Brasil. Entretanto, o governo extinguiu os dois fundos e transferiu os recursos para o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Com isso, os saques foram concentrados na Caixa.

Os valores sacados variam e precisam ser consultados na Caixa. Herdeiros podem sacar as cotas? Sim, se o trabalhador morreu, seus herdeiros podem sacar o dinheiro.

Basta ir a qualquer agência da Caixa portando o documento oficial de identificação e o documento que comprove a condição de herdeiro (certidão de óbito e inventário).

Como fazer o saque de cotas do PIS/Pasep? Quem ainda não fez o saque deve procurar uma agência da Caixa Econômica Federal.

É preciso levar um documento oficial com foto. Até quando posso fazer o saque das cotas do PIS/Pasep?

Os valores de cotas serão considerados abandonados a partir de 1º de junho de 2025, quando passarão à propriedade da União.

Dessa forma, os valores das cotas do PIS, estarão disponíveis para saque até 31 de maio de 2025. Agora veja como funciona o abono salarial do PIS/Pasep:

Quem tem direito a sacar o abono salarial do PIS/Pasep?.

arquivo

Quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias no ano anterior Ganhou, no máximo, dois salários mínimos por mês, em média Está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos

É preciso que a empresa onde trabalhava tenha informado os dados corretamente ao governo Como saber se tenho direito? Para saber se tem direito ao abono salarial, é possível fazer a consulta das seguintes maneiras:

PIS (trabalhador de empresa privada): No Aplicativo Caixa Trabalhador No site da caixa (www.caixa.gov.br/PIS) Pelo telefone de atendimento da Caixa: 0800 726 0207 Pasep (servidor público):

Pelos telefones da central de atendimento do Banco do Brasil: 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas); 0800 729 0001 (demais cidades) e 0800 729 0088 (deficientes auditivos).

foto arquivo