O SWIFT — abreviação para Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication — é a espinha dorsal das transações internacionais entre bancos. Se o Brasil fosse punido e retirado desse sistema, as consequências para empresas, governos e cidadãos seriam devastadoras.
O SWIFT é uma rede global, criada em 1973, que conecta mais de 11 mil instituições financeiras em mais de 200 países. Ele não movimenta o dinheiro em si, mas envia mensagens seguras e padronizadas que autorizam transferências internacionais, pagamentos de importações, exportações e investimentos.
📌 Como funciona na prática?
Quando uma empresa brasileira compra máquinas da Alemanha ou exporta soja para a China, a transação passa por bancos que se comunicam pelo SWIFT. Essa rede garante velocidade, segurança e rastreabilidade. Sem ela, restaria recorrer a sistemas alternativos muito mais lentos, caros e arriscados.
⚠️ O que aconteceria se o Brasil fosse excluído do SWIFT?
- Economia nacional em colapso: exportadores e importadores ficariam sem meio rápido e seguro para receber ou pagar, o que travaria a balança comercial.
- Empresas em apuros: indústrias que dependem de peças e insumos importados teriam suas linhas de produção paralisadas.
- Governo federal e municipal sem recursos: acordos internacionais, repasses de empréstimos externos e captação de investimentos seriam bloqueados ou atrasados.
- Cidadão comum atingido: encarecimento imediato de produtos importados, alta do dólar, inflação descontrolada e aumento dos juros.
- Isolamento financeiro: o país se tornaria pouco confiável para investidores estrangeiros, gerando fuga de capitais e desemprego em massa.

💡 O caso mais famoso foi o do Irã, que em 2012 foi cortado do SWIFT por sanções internacionais, ficando praticamente fora do comércio global. A medida afetou diretamente a população, com escassez de produtos e inflação explosiva.
📊 Box comparativo: SWIFT x sistemas alternativos
| Sistema | País/Região Controladora | Alcance | Pontos Fortes | Pontos Fracos |
|---|---|---|---|---|
| SWIFT | Consórcio internacional sediado na Bélgica | +200 países, 11 mil instituições | Segurança, padronização, aceitação global | Dependência política do Ocidente |
| CIPS (Cross-Border Interbank Payment System) | China | +100 países parceiros comerciais da China | Conexão direta com o yuan, alinhamento com a “Nova Rota da Seda” | Alcance menor que o SWIFT, menos aceito por bancos ocidentais |
| SPFS (Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras) | Rússia | Usado internamente e por alguns países aliados | Alternativa para sanções, integração com mercados eurasiáticos | Pouca adesão global, limitações técnicas |
| INSTEX (Instrument in Support of Trade Exchanges) | União Europeia | Comércio com países sob sanções (como o Irã) | Evita transações em dólar | Aplicação extremamente limitada e politizada |
🎯 Conclusão
O SWIFT é invisível para a maioria da população, mas é tão essencial quanto a energia elétrica para a economia. Qualquer ameaça de exclusão deve ser tratada com seriedade, pois significaria um “apagão” financeiro que atingiria empresas, governos e famílias em cheio. Sistemas alternativos existem, mas nenhum deles alcança a robustez e aceitação global do SWIFT.
Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.
✝️ “Quem constrói sobre a rocha, não teme a tempestade.”
JORNALISTA AIELLO

