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Resumo da matéria:
Os comerciantes de Ribeirão Preto estão no limite com os impactos das obras de mobilidade urbana promovidas pela prefeitura. Em meio ao movimento crucial de vendas de fim de ano, o Sincovarp encaminhou um ofício à administração municipal com 12 pedidos para minimizar os prejuízos causados pelas interdições e transtornos das obras. Entre as demandas estão a suspensão das atividades em datas-chave, melhoria na sinalização e limpeza, além de policiamento e ações que garantam mais segurança e atratividade aos consumidores. O sindicato alerta que as obras vêm afetando diretamente os principais corredores comerciais, já fragilizados pela crise pandêmica.
A novela das obras sem fim e o impacto no comércio local
Em mais um episódio da série de trapalhadas administrativas, os comerciantes de Ribeirão Preto enfrentam os prejuízos acumulados por obras intermináveis da prefeitura, que insiste em transformar a cidade em um eterno canteiro de obras, sem planejamento ou respeito pela economia local. Desta vez, o grito de socorro veio do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp), que enviou um ofício detalhando 12 medidas emergenciais para salvar o comércio das perdas neste fim de ano.
Paulo Garcia Lopes, presidente do Sincovarp, não escondeu a indignação ao afirmar que os pedidos buscam minimizar os impactos para que empreendedores e colaboradores consigam recuperar ao menos parte do que perderam. O foco principal é frear as obras e interdições durante o período mais movimentado do ano para o comércio.
Os principais pedidos do comércio
Os comerciantes não pedem milagres, mas medidas práticas e razoáveis. Entre os principais pontos levantados estão:
- Suspensão das obras em datas específicas, como a Black Friday (29/11), os sábados de dezembro, e na véspera de Natal (23 e 24/12).
- Melhor sinalização nas áreas de obras, para evitar confusão e melhorar o fluxo de veículos.
- Interdições proibidas entre 29/11 e 24/12, garantindo maior acessibilidade às lojas.
- Liberação de vagas de estacionamento em áreas comerciais, como na Av. Dom Pedro I, especialmente no horário especial de funcionamento até as 22h.
- Ampliação do policiamento e limpeza urbana, para tornar o ambiente mais seguro e atrativo para os consumidores.
- Reforço na iluminação pública, especialmente na Av. Nove de Julho, que hoje está mal iluminada e insegura.
- Operação tapa-buracos e liberação de cruzamentos estratégicos, como na Av. Nove de Julho, entre a Black Friday e o Natal.
Essas demandas são fundamentais para garantir que o comércio não continue sofrendo as consequências de uma gestão que parece ignorar a importância de um planejamento eficiente.

O que diz a prefeitura?
A administração municipal afirmou estar avaliando os pedidos, mas, como de costume, ainda não apresentou nenhuma ação concreta para atender às demandas. É difícil acreditar em uma resposta eficaz, considerando o histórico de lentidão e descaso com a economia local.
Reflexão final para o leitor:
A morte de um comércio não significa apenas o fim de um empreendimento, mas a perda de empregos, sonhos e a vitalidade econômica de uma cidade. Contudo, lembremos: cada fim pode ser o início de uma nova luta. Que essa batalha dos comerciantes inspire todos nós a resistir e exigir uma gestão pública mais eficiente e responsável.
JORNALISTA AIELLO


