Pontos comerciais fechados se espalham pelo Centro de Ribeirão Preto: tendência preocupante para o comércio local

Os principais corredores comerciais de Ribeirão Preto têm sido marcados pelo crescente número de pontos comerciais fechados, agravando-se pela alta dos custos para manter as portas abertas.

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Os principais corredores comerciais de Ribeirão Preto têm sido marcados pelo crescente número de pontos comerciais fechados, agravando-se pela alta dos custos para manter as portas abertas. Muitos empresários já começam o dia com um déficit que nem sempre conseguem reverter ao longo das horas de trabalho. Essa realidade é evidenciada por um estudo recente da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), em parceria com o Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais (IPCCIC), que revelou que 19,2% dos lotes no Quadrilátero Central estão fechados.

Análise detalhada do Centro

O estudo, parte do projeto “Requalifica Ribeirão”, buscou oferecer uma base sólida para revitalização da área central, que historicamente foi o núcleo econômico da cidade. Foram analisados 3.466 lotes distribuídos em 177 quadras, onde se constatou que 80,8% dos imóveis estão em uso, enquanto 19,2% estão fechados, seja à venda, para aluguel ou sem uso. A maior concentração de imóveis fechados está nas proximidades das avenidas que delimitam a região, como nas ruas Barão do Amazonas, General Osório e São José.

Condições do Centro

A pesquisa revelou problemas que vão além dos imóveis fechados:

  • 46,7% das fachadas estão em estado mediano de conservação.
  • 23% das fachadas apresentam pintura desbotada, especialmente nas ruas Saldanha Marinho e Amador Bueno.
  • As calçadas da região central apresentam sérios problemas de acessibilidade: 48,9% possuem desníveis ou rachaduras e apenas 7,1% têm piso tátil.
  • A arborização é escassa, com somente 23,3% dos lotes possuindo árvores em frente às suas fachadas.

O futuro do Centro de Ribeirão Preto

Com base nesses dados, a coordenadora geral do projeto, Adriana Silva, afirma que a revitalização do Centro não pode ser uma demanda de apenas um grupo, mas sim uma responsabilidade compartilhada entre diferentes atores. O relatório completo da pesquisa será uma ferramenta crucial para as próximas etapas da requalificação, visando um planejamento urbano que responda às necessidades reais da região.