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Resumo:
As queimadas no interior de São Paulo estão fora de controle, afetando dezenas de cidades, cancelando voos, interditando estradas e deixando a população em desespero. Com recordes históricos de incêndios, o cenário caótico levanta questões: seriam essas queimadas realmente causadas por fenômenos naturais? Além disso, a sequência de tragédias climáticas no Brasil, como as enchentes no Rio Grande do Sul, reforça a urgência de identificar quem se beneficia desse caos. Com 45 cidades em situação de emergência e 180 dias de alerta máximo, o estado luta para conter o avanço das chamas e lidar com os efeitos devastadores.
Nos últimos dias, o interior de São Paulo tem enfrentado uma verdadeira catástrofe ambiental, com o recorde de queimadas colocando em risco a vida de milhares de pessoas. Até onde podemos acreditar que essas tragédias são apenas fruto de “acidentes”? O que estamos testemunhando não é coincidência, e é hora de questionar a quem interessa essa destruição em massa.
Desde o final da semana passada, o cenário em São Paulo se tornou apocalíptico. O céu escureceu pela fumaça, voos foram cancelados, estradas bloqueadas, e dezenas de cidades foram colocadas em estado de alerta. No centro da crise está a região de Ribeirão Preto, que, assim como outras áreas, tem sofrido com focos incontroláveis de incêndio. Ao todo, o estado já registrou mais de 2,3 mil ocorrências de fogo, o que levou o governo a declarar emergência climática em 45 cidades por 180 dias, envolvendo até as Forças Armadas em uma tentativa de controlar o avanço das chamas.
A devastação é generalizada. Em Ribeirão Preto, 14 focos estavam ativos na noite de sábado, com as chamas ameaçando casas e canaviais. O bairro Alphaville quase foi tomado pelo fogo, levando ao desespero dos moradores. E esse foi apenas um dos inúmeros pontos críticos. Na Mata de Santa Teresa, zona sul de Ribeirão, o fogo devorou trechos de uma área de preservação ambiental, enquanto na zona norte, em Cristo Redentor, um sítio e um canavial foram destruídos. Quem assistiu de perto descreveu a cena como “filme de terror”.
A situação também é caótica nas estradas. A Rodovia Maurilio Biagi, entre Pontal e Sertãozinho, foi interditada nos dois sentidos, enquanto passageiros de ônibus ficaram à deriva, sem saber quando poderiam seguir viagem. O mesmo aconteceu na Rodovia Carlos Tonani, onde a confusão foi tanta que um caminhão, em desespero, dirigiu na contramão para tentar escapar das chamas. Outras rodovias, como a Cândido Portinari e a Mário Donegá, também foram afetadas, com equipes de brigadistas lutando para conter o fogo.
A professora Aline Fillipine, que enfrentou esse cenário na Rodovia Carlos Tonani, descreveu a situação como “inimaginável”. Ao tentar voltar para casa depois de dar aula em Ribeirão Preto, ela ficou presa na estrada e teve que passar a noite na casa do irmão, sem conseguir retornar para Barrinha. “Foi uma situação que a gente só vê em filmes”, afirmou.
Com o agravamento das condições climáticas e as queimadas sem controle, o impacto na saúde da população é brutal. O ar está saturado de fumaça, elevando os casos de problemas respiratórios. Cidades inteiras estão sob alerta, com famílias inteiras temendo que o próximo foco de incêndio chegue às suas casas.
Agora, é essencial levantar a questão: a quem interessa esse caos? Após as enchentes no Rio Grande do Sul, que deixaram dezenas de cidades devastadas, São Paulo é o novo alvo das tragédias ambientais. É claro que o fator climático influencia, mas é ingênuo acreditar que a situação não está sendo explorada por interesses que lucram com o desespero da população. Com terras devastadas, plantações destruídas e a economia em frangalhos, quem será o próximo a tirar proveito da destruição?
Estamos assistindo a uma sequência de eventos que vai muito além das questões naturais. Não podemos fechar os olhos para as verdadeiras causas e os possíveis interesses por trás dessas tragédias. O estado está em colapso, e a população, refém de uma crise que parece ter origem planejada.
Seja forte diante das dificuldades, pois até nos momentos mais sombrios existe uma saída!
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Jornalista Aiello