🚨 Área queimada em 2024 já equivale ao território do Rio Grande do Sul, destacando falhas nas ações governamentais e o impacto da pior seca da história.
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📈 Um aumento alarmante nas queimadas
O Brasil vive um de seus piores anos em termos de incêndios florestais. Entre janeiro e novembro de 2024, foram queimados 29,7 milhões de hectares, um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023. Esse é o maior registro dos últimos seis anos, segundo o Monitor do Fogo, da rede MapBiomas.
A área devastada equivale ao território inteiro do estado do Rio Grande do Sul e evidencia uma conjunção de fatores:
- Condições climáticas extremas, com a pior seca já registrada no país, especialmente na Amazônia.
- Falta de ação governamental eficaz, agravada pela greve de servidores do Ibama.
🌳 A Amazônia sob ataque: o maior impacto das queimadas
Os números são devastadores, com 57% da área queimada concentrada na Amazônia. Ao todo, 16,9 milhões de hectares foram destruídos, sendo 7,6 milhões de florestas primárias.
Outros biomas também sofreram perdas significativas:
- Cerrado: 9,6 milhões de hectares, dos quais 8,2 milhões em vegetação nativa.
- Pantanal: 1,9 milhão de hectares.
- Mata Atlântica: 1 milhão de hectares.
- Caatinga: 297 mil hectares.
- Pampa: 3,3 mil hectares.
🔍 O que está por trás da devastação?
Segundo especialistas, a seca severa e as altas temperaturas foram fatores determinantes para a propagação dos incêndios. No entanto, ações humanas irresponsáveis, como queimadas ilegais e desmatamento, foram o estopim para a destruição ambiental.
A própria ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reconheceu a insuficiência das ações do governo federal no combate às queimadas. A greve dos servidores do Ibama ao longo de 2024 comprometeu fiscalizações e medidas preventivas.
“Esse conjunto de fatores tornou 2024 um dos piores anos de incêndios florestais na história recente do país”, afirmou Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fogo.
💡 Reflexão final: e agora, Brasil?
O atual cenário expõe a contradição de um governo que se elegeu criticando o desmatamento, mas falhou em prevenir uma das maiores catástrofes ambientais da história do país. Combater queimadas não é apenas questão de preservar o meio ambiente, mas de garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
JORNALISTA AIELLO – A VERDADE DOA A QUEM DOER