⚡ Cohab Terá que Indenizar Moradora que Recebeu Casa Construída em Cima de Lixão há 30 Anos em Ribeirão Preto, SP ⚡

Com o fim do processo judicial, Maria Cristina da Silva receberá uma nova casa e compensação por danos morais, pondo fim a décadas de sofrimento e incerteza.

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⚡ Cohab Terá que Indenizar Moradora que Recebeu Casa Construída em Cima de Lixão há 30 Anos em Ribeirão Preto, SP ⚡

Justiça ordena indenização e aquisição de novo imóvel para vítima; caso ilustra problema histórico de negligência e danos aos moradores.

Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.

Resumo:

A Companhia de Habitação Regional de Ribeirão Preto (Cohab-RP) foi condenada pela Justiça a indenizar uma moradora que, por 25 anos, viveu em uma casa construída sobre um antigo lixão na zona Leste de Ribeirão Preto. Com o fim do processo judicial, Maria Cristina da Silva receberá uma nova casa e compensação por danos morais, pondo fim a décadas de sofrimento e incerteza. Este caso ressalta as consequências de obras habitacionais realizadas de forma negligente e os perigos que isso trouxe à população, além de evidenciar a demora da justiça, que, embora lenta, foi cumprida.

Matéria Completa:

A Cohab-RP foi condenada pela Justiça a indenizar Maria Cristina da Silva, uma moradora que recebeu uma casa edificada em cima de um antigo lixão no bairro Jardim Juliana, zona Leste de Ribeirão Preto, há cerca de 30 anos. A decisão que obriga a companhia a indenizá-la por danos morais e adquirir um novo imóvel transitou em julgado, sem possibilidade de recursos.

Maria Cristina, que residiu no local por 25 anos, viu-se obrigada a sair de sua casa em 2018, quando um laudo da Defesa Civil atestou que o imóvel corria risco de desabamento devido à sedimentação do solo e à liberação de gases tóxicos. “Eu espero paz, sossego, ter um lugarzinho que é meu, sem correria, preocupação. É tudo o que eu quero. A justiça demora, mas chega, e vão chegar coisas melhores ainda”, afirmou emocionada.

Sem alternativas, Cristina ingressou na Justiça e obteve uma liminar que obrigava a Cohab-RP a custear o aluguel de uma residência em outro bairro. Desde então, ela mora na Vila Tibério, na zona Oeste da cidade, com seus filhos, um dos quais é portador de deficiência intelectual.

Problema de Décadas

O Jardim Juliana e outras áreas da região enfrentam problemas semelhantes desde 2002, quando o Ministério Público (MP) instaurou uma ação civil pública após uma perícia constatar que o chorume do antigo lixão liberava gases tóxicos prejudiciais à saúde humana. Esses gases também provocavam a sedimentação do solo, resultando em danos estruturais severos nas residências.

A situação levou muitos moradores a negociarem diretamente com a Cohab-RP, resultando na demolição de algumas moradias. Apesar de algumas soluções pontuais, o problema persistiu, afetando a qualidade de vida de diversas famílias que foram prejudicadas pela falta de planejamento adequado e pela irresponsabilidade histórica em projetos habitacionais.

Consequências e Reflexões

O caso de Maria Cristina simboliza a resiliência de moradores que enfrentam adversidades causadas por políticas habitacionais negligentes. Além de assegurar um novo início para a família da moradora, a decisão judicial também reafirma a importância de fiscalização e responsabilidade nos projetos públicos que afetam a população de forma tão direta e cruel.

A vitória na Justiça pode servir de exemplo para outros que ainda esperam por soluções em casos semelhantes. É um lembrete de que, embora a justiça seja lenta, ela tem o poder de corrigir erros passados e possibilitar novos começos para aqueles que perseveram.

Frase de Motivação

“A morte de uma esperança não é o fim; é apenas o recomeço de uma luta que pode finalmente trazer a justiça e a paz.”

ASSINATURA JORNALISTA AIELLO