🌳 Pragas e descaso em 9 de Julho: o que está matando nossas árvores? 🐜

Das 123 árvores e 28 palmeiras avaliadas, muitas estão comprometidas devido a ponderações, doenças e podas incorretas.

0
107

Especialista da área de matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe informações públicas.


Resumo
O inventário arbóreo realizado pelo Projeto Ribeirão Floresta na Avenida 9 de Julho, em Ribeirão Preto, revela um cenário alarmante. Das 123 árvores e 28 palmeiras avaliadas, muitas estão comprometidas devido a ponderações, doenças e podas incorretas. Entre os problemas detectados estão cupins, formigas, broca e podridão de colo, além de buracos em troncos que ameaçam a saúde das árvores. Apesar disso, iniciativas como seminários e projetos de reflorestamento oferecem esperança para o futuro da arborização urbana.


O cenário devastador da arborização de 9 de Julho

O Projeto Ribeirão Floresta concluiu um extenso inventário arbóreo na Avenida 9 de Julho, trazendo à tona problemas graves na gestão das árvores. Foram comprovadas 123 árvores e 28 palmeiras ao longo da avenida. Segundo o engenheiro agrônomo José Walter Figueiredo Silva, coordenador do projeto, a maior parte das árvores apresenta graves problemas decorrentes de manejo inadequado.

Apenas três árvores possuem qualidade exemplar de poda, enquanto 27 têm podas consideradas boas. No entanto, 49 árvores possuem podas regulares e 26 exibem podas péssimas, com 91 cortes inadequados registrados. Esses cortes tornam-se portas de entrada para sentenças e doenças, como cupins, formigas saúva e quem-quem, ácaros e brocas.

Pragas e ameaças

O levantamento detectou 46 árvores infestadas por cupins, além de outros sinais de escondidos, como buracos e feridas nos troncos. Esses danos não comprometem apenas a saúde das árvores, mas também colocam em risco a segurança do espaço público.

Outro desafio identificado foram as figueiras Mata-Pau, que estrangulam outras árvores. Simplesmente cortar os distúrbios não resolve o problema, sendo necessário o uso de arbusticidas aplicados por técnicos especializados.

Além das pragas, o inventário revelou a presença de colmeias de abelhas sem ferro, protegidas por leis ambientais. Isso exige um manejo cuidadoso para proteger tanto as abelhas quanto as árvores.

Esforços de reflorestamento e educação

Apesar do cenário preocupante, o Projeto Ribeirão Floresta vem promovendo iniciativas para reverter a situação. Entre março e agosto, a AEAARP ofereceu quase 100 horas de aulas gratuitas sobre técnicas de poda, conscientizando a população sobre a importância do manejo correto das árvores. Mais de 150 pessoas participaram das atividades, que buscam formar multiplicadores e incentivos ao cuidado com a arborização urbana.

Jardim São Luiz: a floresta urbana em construção

O Jardim São Luiz será a primeira área a receber uma floresta urbana no âmbito do projeto. Um inventário arbóreo já foi realizado no bairro, e o plantio das árvores está programado para o início do próximo ano. A proposta é que a região se torne uma vitrine de boas práticas de reflorestamento para a cidade.

Conclusão

O relatório com os dados do inventário foi elaborado ao CONPPAC e elaborado em parceria com especialistas da AEAARP. O objetivo é alertar as autoridades sobre a urgência de ações corretivas para preservar as árvores da Avenida 9 de Julho e, por extensão, a qualidade de vida em Ribeirão Preto.


A importância de preservar
Cuidar do meio ambiente é mais do que uma obrigação, é uma responsabilidade moral. Assim como as árvores têm seus ciclos, a morte também marca o fim de um ciclo, mas sempre deixa espaço para um recomeço.

ASSINATURA: JORNALISTA AIELLO