Descubra a verdadeira história de Santo Antônio, além de sua fama como casamenteiro. Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.

Resumo

Neste artigo, vamos explorar a vida e os milagres de Santo Antônio, cuja memória litúrgica celebramos no dia 13 de junho. Embora conhecido popularmente como o “santo casamenteiro”, seus milagres canonizados não têm ligação com casamentos. Vamos desmistificar essa associação, entender a verdadeira relação de Santo Antônio com a bênção dos pães e conhecer mais sobre sua trajetória de vida e sua influência religiosa.

A Verdadeira História de Santo Antônio

Neste dia 13 de junho, celebramos Santo Antônio, um santo amplamente festejado e conhecido pela devoção popular relacionada ao matrimônio. No entanto, sua história de vida não tem nenhuma ligação direta com essa fama de casamenteiro. Essa associação surgiu posteriormente devido à devoção popular. No Brasil, a véspera do Dia de Santo Antônio coincide com o Dia dos Namorados, o que reforça ainda mais essa conexão.

No dia de Santo Antônio, é tradição abençoar pães, que as famílias levam para casa com a intenção de partilhar. A verdadeira história de Santo Antônio está mais relacionada com essa bênção dos pães do que com casamentos. Santo Antônio costumava dar comida aos necessitados que batiam à porta do convento onde vivia. Assim, a bênção dos pães nos motiva a partilhar com os mais necessitados, em exemplo ao santo.

Celebrando Santos em Junho

Junho é um mês especial para a Igreja, não apenas por Santo Antônio, mas também por São João no dia 24 e São Pedro e São Paulo no dia 29. As festas juninas e quermesses em nossas paróquias são um reflexo da devoção popular a esses santos. Conhecer a história de vida dos santos é essencial para entender melhor suas intercessões e exemplos.

A Vida de Santo Antônio

Santo Antônio nasceu em Lisboa, em 1195, e faleceu em Pádua, Itália, em 1231. Por isso, é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. Seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y Talavera de Azevedo, mas ao se tornar religioso, adotou o nome de Antônio, em homenagem a Santo Antão.

Aos 15 anos, entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho e foi ordenado sacerdote aos 24. Após conhecer os franciscanos e se inspirar no testemunho dos mártires no Marrocos, Santo Antônio deixou os agostinianos e abraçou a vida de pobreza dos franciscanos, adotando o nome de Antônio.

A Missão de Santo Antônio

Santo Antônio foi enviado ao Marrocos, mas devido a uma doença, teve que retornar à Europa. Na Itália, encontrou-se com São Francisco de Assis, que o autorizou a ensinar teologia aos frades. Suas pregações combatiam as heresias dos Cátaros e Albigenses e atraíam multidões de até 30 mil pessoas.

Santo Antônio era conhecido por suas pregações inspiradoras e muitos milagres, como curas de cegos, surdos e coxos. Passava horas no confessionário e vivia intensamente o Evangelho. São Francisco o nomeou o primeiro leitor de teologia da ordem franciscana.

Milagres e Canonização

Santo Antônio faleceu aos 36 anos, em 13 de junho de 1231. Foi canonizado apenas um ano após sua morte pelo Papa Gregório IX, devido à grande devoção popular e aos numerosos milagres atribuídos a ele. Santo Antônio é considerado o protetor dos pobres e das coisas perdidas. Seus sermões e tratados estão impressos em dois grandes volumes de sua obra.

Em 1934, foi declarado padroeiro de Portugal e, em 1946, proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII. Sua língua, que ficou intacta, está exposta na Basílica de Santo Antônio em Pádua, um milagre que comprova a inspiração divina de suas pregações.

Conclusão

Celebremos com alegria a memória litúrgica de Santo Antônio. Que ele nos conceda paz, proteção e que nunca falte o pão em nossa mesa. Vamos partilhar com os mais necessitados e anunciar a Palavra de Deus com amor, assim como Santo Antônio fez.

“A verdadeira grandeza está em servir aos outros com amor e humildade.”

Jornalista AIELLO