Casal se recusa a falar com a polícia e alega “direito ao silêncio” enquanto Câmara analisa cassação por quebra de decoro
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O vereador Roger Ronan da Silva, o Bigodini (MDB), e sua namorada, Isabela de Cássia de Andrade Faria, não compareceram ao depoimento marcado na Polícia Civil de Ribeirão Preto nesta quinta-feira (16) sobre o acidente suspeito ocorrido em 29 de setembro. A investigação tenta esclarecer quem dirigia o carro no momento da colisão contra uma árvore na Avenida do Café — e se houve fraude processual para encobrir infrações de trânsito.
🚗 Versões Conflitantes e Vídeos Contradizem Versão Oficial
No dia do acidente, Bigodini afirmou que Isabela estava dirigindo, apesar de ela não ter carteira de habilitação. No entanto, imagens gravadas por testemunhas mostram claramente o vereador no banco do motorista logo após a batida. A discrepância gerou forte suspeita de fraude processual, já que assumir a condução do veículo sem CNH configura crime de trânsito.
Além disso, nenhum dos dois aceitou fazer o teste do bafômetro, embora agentes tenham relatado sinais visíveis de embriaguez no parlamentar.
Confira o caso completo https://emribeirao.com/?s=bigodini
⚖️ Advogado Justifica Ausência com “Direito ao Silêncio”
Na delegacia, apenas o advogado do casal, Wesley Felipe Martins, esteve presente. Ele entregou uma petição formal alegando que os clientes exerceriam seu direito constitucional de permanecer em silêncio.
“Por orientação minha e do nosso escritório, a gente preferiu que ele permanecesse em silêncio, que é um direito constitucional dele. O ônus da acusação é do Ministério Público, do delegado, então, se eles entendem que ele praticou algum crime, eles que devem provar”, afirmou o defensor.
Apesar disso, a ausência voluntária em depoimento oficial pode ser interpretada como indício de má-fé ou tentativa de obstrução das investigações, especialmente em casos com indícios materiais contraditórios.
🏛️ Câmara de Ribeirão Preto Analisa Processo de Cassação
Bigodini está sob processo de cassação na Câmara Municipal de Ribeirão Preto por quebra de decoro parlamentar, com base na confissão implícita de crime contra o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O prazo para que o vereador apresente sua defesa formal ao Conselho de Ética termina nesta quinta-feira (16), e a assessoria dele informou que o documento deve ser protocolado até as 17h.
Além disso, o afastamento temporário do cargo — justificado por um atestado médico de “transtorno de adaptação” — terminou na quarta-feira (15). Até o momento, nenhum novo atestado foi apresentado, o que abre caminho para o retorno compulsório às atividades legislativas, mesmo em meio à crise política e jurídica.
🧩 Histórico de Conflitos e Acusações Mútuas
Nos bastidores, o relacionamento entre Bigodini e Isabela tem sido marcado por trocas públicas de acusações ao longo de 2025. O acidente de setembro exacerbou as tensões, com relatos de ameaças, manipulação de provas e disputas por vantagens legais.
Esses episódios reforçam a necessidade de transparência nas investigações e de respeito aos princípios republicanos por parte de agentes públicos.
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Vereador Bigodini e namorada faltam a depoimento sobre acidente em Ribeirão Preto. Suspeita de fraude processual e processo de cassação na Câmara avançam.
🇺🇸 English Summary (American Journalist Style):
Ribeirão Preto city councilor Roger “Bigodini” Silva and his girlfriend skipped a scheduled police interview Thursday amid a growing scandal over a suspicious car crash on September 29. Despite claiming his unlicensed partner was driving, video evidence shows Bigodini behind the wheel. The couple’s lawyer cited their constitutional right to remain silent, but their absence fuels allegations of procedural fraud and obstruction. Meanwhile, the City Council moves forward with a potential expulsion vote over breach of parliamentary decorum.
💡 Conclusão: A Transparência é o Ato Mais Político Que Existe
Em tempos de crise de representatividade, a população merece mais do que desculpas médicas e silêncios convenientes. Merece respostas claras, responsabilização justa e respeito à lei — especialmente daqueles que a fazem. Que este caso sirva como lembrete: nenhum cargo, por mais alto que seja, coloca alguém acima da verdade. E que a saúde da democracia local depende de escolhas éticas, não de manobras para escapar delas.
JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP
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