Ex-presidente recebe 27 anos de prisão; generais, ex-ministros e aliados também foram atingidos em julgamento apontado como inconstitucional pelo ministro Luiz Fux
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quinta-feira (11) um julgamento histórico e polêmico, condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão por suposta liderança de uma organização criminosa voltada à tentativa de golpe de Estado. A decisão também atingiu ex-ministros, generais e aliados, que receberam penas pesadíssimas, numa escalada jurídica inédita e que já está sendo apontada como um “golpe do Judiciário”.
📌 As penas impostas pelo STF
- Jair Bolsonaro – 27 anos e 3 meses de prisão (24 anos e 9 meses em regime fechado, 2 anos e 6 meses de detenção e multa). Além disso, foi declarado inelegível por 8 anos e condenado, junto aos demais, a pagar solidariamente R$ 30 milhões em indenizações.
- Walter Braga Netto – 26 anos de prisão; peça central segundo Moraes.
- Anderson Torres – 24 anos; perdeu o cargo de delegado da Polícia Federal.
- Almir Garnier – 24 anos; recusa na cerimônia de transmissão de cargo foi usada como prova de adesão golpista.
- Augusto Heleno – 21 anos; atenuada pela idade, mas com agravante de liderança.
- Paulo Sérgio Nogueira – 19 anos; acusado de formalizar minuta golpista.
- Alexandre Ramagem – 16 anos, 1 mês e 15 dias; perdeu mandato parlamentar e cargo de delegado.
- Mauro Cid – 2 anos em regime aberto; beneficiado por delação premiada, com extensão para esposa, filha e pai.

🎭 O espetáculo de Moraes e o alerta de Fux
O ministro Alexandre de Moraes foi o protagonista da sessão, classificando Bolsonaro como líder da organização criminosa e responsável pela articulação golpista.
Mas uma voz destoante ecoou no plenário: Luiz Fux afirmou que o processo é inconstitucional desde sua origem, já que nenhum dos réus tem foro privilegiado. Segundo o ministro, o STF não possui competência legal para julgar o caso. Em outras palavras, trata-se de um julgamento em tribunal de exceção.
🚨 Risco para a democracia e soberania
Enquanto parte da imprensa comemora a “defesa da democracia”, críticos alertam que o Brasil entrou em um caminho perigoso: quando a Justiça se transforma em arma política, a democracia se desfaz por dentro.
As consequências não ficam restritas ao cenário interno. Especialistas apontam que o país pode enfrentar sanções internacionais ainda mais severas, desde pressões econômicas até isolamento em sistemas de defesa e tecnologia.
✝️ Reflexão final
O julgamento de Bolsonaro e seus aliados entra para a história como um divisor de águas: foi feita justiça ou apenas encenado um espetáculo jurídico para eliminar adversários políticos?
👉 Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.
💡 Quando a toga vira palanque, o povo perde sua voz. A liberdade não se negocia, e a verdade não se cala.
✍️ JORNALISTA AIELLO


