” Comerciantes, população, Vereadores e prefeito eleito contra, mas Nogueira insiste no projeto polêmico.”
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Resumo da Matéria:
- A Prefeitura de Ribeirão Preto conseguiu, na Justiça, liberação para iniciar as obras do novo centro administrativo, mesmo com oposição de vereadores e do prefeito eleito Ricardo Silva.
- O projeto, avaliado em R$ 175 milhões, é justificado pela administração como uma solução para melhorar o atendimento à população e reduzir custos operacionais.
- Vereadores alegam problemas como desvio de finalidade, ausência de estudos ambientais e impacto no orçamento futuro.
- A Justiça, no entanto, considerou que as contestações foram genéricas e aceitou os argumentos da Prefeitura sobre a viabilidade financeira do projeto.
- Ricardo Silva solicitou que a obra não seja iniciada até o fim do mandato atual, mas a decisão final cabe à gestão de Duarte Nogueira.
Obra Milionária Segue Apesar de Rejeição
A saga da Prefeitura de Ribeirão Preto em construir um centro administrativo de R$ 175 milhões teve mais um capítulo após a Justiça autorizar o início das obras. Essa decisão, da 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, suspendeu uma liminar anterior que travava o projeto, sob argumentos de irregularidades apontados por vereadores opositores.
Polêmica e Oposição Local
Apesar da vitória judicial, a resistência ao projeto é forte. Vereadores como Duda Hidalgo (PT) e Marcos Papa (Podemos) denunciaram supostos problemas como desvio de finalidade, ausência de estudos ambientais e falta de recursos previstos para custear a obra. Para eles, há risco de prejuízo à cidade, especialmente em uma transição de governo.
Ricardo Silva, prefeito eleito para 2025, já se manifestou contra o projeto e solicitou formalmente que as obras não sejam iniciadas neste ano. Em um ofício enviado à Secretaria de Governo, Silva destacou que começar um projeto desse porte nos últimos meses de mandato não reflete a vontade da população e pode comprometer a gestão futura.
Prefeitura Defende Viabilidade e Transparência
Em sua defesa, a Prefeitura argumentou que há previsão orçamentária e recursos disponíveis para a execução. Segundo o Executivo, R$ 113 milhões são provenientes de receitas próprias e outros R$ 60 milhões vêm de linhas de crédito já aprovadas.
Além disso, documentos como cronogramas financeiros e estudos técnicos foram apresentados ao TJ para rebater as acusações. O desembargador Rubens Rihl considerou que os vereadores não apresentaram provas concretas de irregularidades e destacou que os atos administrativos têm presunção de legitimidade.
Promessas e Controvérsias
O projeto é defendido pela atual gestão como uma solução para otimizar o atendimento aos cidadãos e reduzir gastos públicos a longo prazo. Porém, críticos questionam se o custo elevado e os possíveis impactos ambientais justificam o investimento.
Embora a Prefeitura tenha declarado que todos os trâmites legais foram cumpridos, a polêmica reforça o questionamento sobre a prioridade dessa obra em um cenário onde outras áreas, como saúde e educação, enfrentam desafios estruturais.
Reflexão Final:
A busca por progresso não pode ignorar as prioridades da população. Obras monumentais podem simbolizar desenvolvimento, mas será que essa é a necessidade real de Ribeirão Preto?
“Lembre-se, a morte é apenas uma passagem, um fim que nos dá um novo começo. Assim também é a política: o fim de uma gestão é a chance de recomeçar com mais sabedoria.”
ASSINATURA: JORNALISTA AIELLO