Após o último comunicado do Copom, as expectativas do mercado indicam um ciclo de aperto monetário mais prolongado. A previsão é de que a taxa básica de juros, Selic, suba em mais duas rodadas de 0,50 ponto, uma em dezembro e outra em janeiro. Com isso, a Selic pode alcançar 12,5% no primeiro trimestre de 2024, mantendo-se nesse nível até o segundo semestre de 2025.
As medianas de 43 instituições consultadas pelo Estadão/Broadcast indicam agora ao menos mais duas altas subsequentes de 0,50 ponto no juro básico, em dezembro e janeiro. Os cenários agora também apontam para uma janela menor para retomada do afrouxamento monetário nos meses finais de 2025, uma vez que a mediana para a Selic no final do ano que vem subiu de 11,25% para 11,75%.
Principais Pontos:
- Pressão Inflacionária e Política Fiscal: A preocupação com a inflação, cuja projeção subiu de 3,5% para 3,6%, aliada às incertezas fiscais, leva o mercado a acreditar em um aperto monetário mais duradouro.
- Previsões dos Bancos:
- Santander Brasil e Banco Bmg: Selic a 12,5% em março.
- XP Investimentos: Possibilidade de Selic a 13,25% ao fim do ciclo de alta.
- Projeções para 2025: As medianas indicam uma Selic de 11,75% ao final de 2025, com uma redução gradual do aperto monetário.
Observações dos Analistas:
- Marco Antonio Caruso (Santander): O BC reforçou a flexibilidade de decisões futuras, mantendo a porta aberta para novas avaliações de aumento.
- Matheus Pizzani (CM Capital): Apesar do comunicado não indicar movimentos bruscos, a análise da ata da reunião poderá trazer mais clareza.
- Flavio Serrano (Bmg): O comunicado foi semelhante ao anterior, reforçando as previsões sem grandes mudanças.
💡 Conclusão: O cenário para a Selic reflete as tensões fiscais e a necessidade de controle da inflação, sugerindo que o ciclo de alta será mantido até que a inflação se estabilize dentro das metas estipuladas.